ATA DA NONAGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 31-10-2007.
Aos trinta e um dias do mês de outubro do ano de
dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Comassetto, Clênia Maranhão, Dr. Raul, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza,
João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Maristela Maffei,
Maristela Meneghetti e Professor Garcia. Constatada a existência de quórum, a
Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho,
Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes,
Maria Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos,
Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados:
pelo Vereador Adeli Sell, os Pedidos de Providência nos 4792 a
4800/07; pelo Vereador Aldacir Oliboni, o Projeto de Lei do Legislativo nº
239/07 (Processo nº 7521/07); pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, o Pedido de
Providência nº 4801/07; pelo Vereador Carlos Comassetto, os Pedidos de Providência
nos 4748 e 4749/07; pelo Vereador Claudio Sebenelo, os Pedidos de
Providência nos 4802 e 4803/07; pelo Vereador Dr. Raul, os Pedidos
de Providência nos 4745 e 4746/07; pelo Vereador João Carlos Nedel,
o Projeto de Lei do Legislativo nº 206/07 (Processo nº 6983/07); pelo Vereador
Jocelin Azambuja, o Projeto de Lei do Legislativo nº 141/07 (Processo nº
4492/07); pelo Vereador José Ismael Heinen, o Pedido de Informação nº 189/07
(Processo nº 8470/07); pelo Vereador Márcio Bins Ely, o Pedido de Providência
nº 4747/07; pela Vereadora Maria Luiza, os Projetos de Lei do Legislativo nos
256, 258, 259, 261, 262, 264, 266, 270 e 271/07 (Processos nos 8036,
8038, 8039, 8041, 8042, 8044, 8046, 8050 e 8051/07, respectivamente), a
Indicação nº 148/07 (Processo nº 8465/07) e os Pedidos de Providência nos
4750 a 4791/07. Na ocasião, foi apregoado o Memorando nº 408/07, firmado pela
Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, por
meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa do Vereador Adeli
Sell, hoje, na reunião-almoço “Tá na Mesa” da Federação das Associações
Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul – FEDERASUL –, com a palestrante
Senhora Mariza Abreu, Secretária Estadual da Educação, às doze horas e quinze
minutos, na sede dessa entidade, em Porto Alegre. Também, foram apregoados os
Memorandos nos 406 e 407/07, firmados pela Vereadora Maristela Meneghetti,
1ª Vice-Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, no exercício da
Presidência, por meio dos quais Sua Excelência informa as Representações
Externas, respectivamente: do Vereador Adeli Sell, hoje, em reunião-almoço da
FEDERASUL, com o palestrante Senhor Aécio Neves, Governador do Estado de Minas
Gerais, às doze horas e quinze minutos, na sede dessa entidade, em Porto
Alegre; e da Vereadora Maristela Maffei, ontem, em palestras do Programa
Turismo Sustentável e Infância, às dezoito horas e trinta minutos, no Hotel
Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos
1303 e 1335/07, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; 353, 428, 728,
1005, 1045, 1054, 1086, 1190, 1293, 3886, 4070, 5601, 6821 e 7545/07, do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Em PAUTA ESPECIAL, esteve, em 5ª
Sessão, o Projeto de Lei do Executivo nº 021/07, discutido pelos Vereadores
Adeli Sell, Professor Garcia, Carlos Comassetto, Ervino Besson, Márcio Bins Ely
e Carlos Todeschini. Na oportunidade, foi apregoado o Ofício nº 1418/07, do
Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do
Executivo nº 027/07 (Processo nº 8484/07). Também, foi apregoada a Emenda nº
01, de autoria do Vereador Sebastião Melo, ao Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 019/07 (Processo nº 4018/07). Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Resolução nº 080/07; em 2ª Sessão, o
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 019/07, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 225, 234, 238, 050/07, este discutido pelos
Vereadores Adeli Sell, Guilherme Barbosa e Márcio Bins Ely, 177/07, discutido
pelo Vereador Adeli Sell, e 210/07, discutido pela Vereadora Margarete Moraes,
o Projeto de Lei do Executivo nº 022/07, o Projeto de Resolução nº 006/07,
discutido pelo Vereador Carlos Comassetto e pela Vereadora Margarete Moraes; em
3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 189, 197, 209, 227
e 140/07, este discutido pelo Vereador Márcio Bins Ely. Na ocasião, foi
apregoada a Emenda nº 01, de autoria do Vereador Adeli Sell, Líder da Bancada
do PT, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 020/07 (Processo nº 1084/07). Após,
foi apregoado o Memorando nº 411/07, firmado pela Vereadora Maristela
Meneghetti, 1ª Vice-Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, no
exercício da Presidência, por meio do qual Sua Excelência informa a
Representação Externa do Vereador Newton Braga Rosa, hoje, na solenidade de
inauguração do Centro de Desenvolvimento Tecnológico Farmacêutico, às dezessete
horas, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS –, em Porto Alegre.
Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, o Vereador Adeli Sell contestou a proposta de indicação, por parte do
Governo Municipal, de um Conselheiro para representar o Executivo junto ao
PREVIMPA. Ainda, questionou a origem de folheto distribuído no Centro, anunciando
sorteio de casas para os ambulantes da Rua dos Andradas, e, finalizando, cobrou
explicações sobre a construção de uma sede para a Associação de Funcionários da
Carris e criticou a gestão atual da Secretaria Municipal da Juventude. A seguir, a Senhora
Presidenta informou que está agendado para o dia oito de novembro do corrente o
comparecimento, nesta Casa, do Senhor Mauro Zacher, Secretário Municipal da
Juventude. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Nilo Santos replicou críticas
formuladas ontem nesta Casa pela Vereadora Margarete Moraes, relativas à
definição dos coordenadores da Comissão Especial que avalia o Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 007/07, que dispõe sobre o PREVIMPA. Ainda, citou
dados do currículo do Vereador Dr. Goulart, considerando que esse Parlamentar
possui os requisitos necessários para assumir a Sub-Relatoria de Proteção
e Preservação do Patrimônio Cultural e Natural. O Vereador Mario Fraga apoiou
as gestões do Senhor Beto Moesch e da Senhora Marilú Fontoura de Medeiros à
frente, respectivamente, das Secretarias Municipais do Meio Ambiente e de
Educação. Ainda, discorreu sobre projetos desenvolvidos pelo Senhor Mauro
Zacher na Secretaria Municipal da Juventude e procedeu à entrega, ao Vereador
Adeli Sell, de material referente a licitações promovidas pela Associação dos
Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre – ATEMPA. O Vereador Sebastião Melo,
referindo-se à Audiência Pública realizada na manhã de hoje por esta Casa,
discorreu acerca das alterações ocorridas no sistema previdenciário de Porto
Alegre nos últimos anos e ressaltou que a legislação municipal deve se adequar,
nesse tema, aos disposto na Constituição Federal. Também, mencionou disputas
judiciais envolvendo integrantes do PT, relativas a malversação de recursos
públicos durante o período em que esse Partido esteve no Governo Municipal. A
Vereadora Maristela Maffei, reprovando a forma como foi elaborado o Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 007/07, que altera dispositivos da legislação
previdenciária municipal, afirmou que essa proposição deveria ter sido
discutida mais amplamente com os funcionários públicos. Ainda, pronunciou-se
acerca das dificuldades para inclusão social de crianças portadoras de
deficiências, apoiando medidas adotadas pelo Governo Federal, no intuito de
melhorar esse quadro. O Vereador Luiz Braz, elogiando as instalações do
Hospital Parque Belém e chamando a atenção para o fato de que nesse prédio existe
um espaço destinado à implantação de um local de pronto-atendimento, cobrou do
Governo Municipal providências nesse sentido. Sobre o tema, salientando que a
Zona Sul não conta com nenhum centro público de pronto-socorro, conclamou os
Senhores Vereadores a pressionarem o Executivo Municipal pela realização desse
empreendimento. A seguir, foram apregoadas as seguintes Subemendas, ambas de
autoria do Vereador Ervino Besson, referentes ao Projeto de Lei do Executivo nº
021/07 (Processo nº 8022/07): de nº 01, à Emenda nº 17; e de nº 01, à Emenda nº
18. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador José Ismael Heinen elogiou a escolha do
Brasil para sediar a Copa do Mundo de Futebol de dois mil e quatorze. Também,
contrapôs-se às ações do Governo Federal na área econômico-financeira, destacando
a atuação do Sistema de Crédito Cooperativo – SICREDI – e citando dados acerca
das operações realizadas por essa instituição, a qual, segundo Sua Excelência,
tem um sistema de gerenciamento altamente favorável a seus associados. O Vereador
Newton Braga Rosa, reportando-se à carência de profissionais e técnicos para
ocuparem as vagas em aberto na área da informática em Porto Alegre e no Rio
Grande do Sul, solicitou o apoio dos demais Vereadores desta Casa, para que, juntos,
possam apresentar Emenda ao Projeto de Lei do Executivo que trata do Orçamento
Municipal, no sentido de fomentar o desenvolvimento de cursos de nível médio em
Informática, administrados por escolas municipais. Após, a Senhora Presidenta
registrou o transcurso, ontem, dos aniversários dos Vereadores Aldacir Oliboni
e Claudio Sebenelo e da Vereadora Neuza Canabarro, procedendo à entrega, em
nome da Mesa Diretora, de cartões de felicitações a Suas Excelências. Às
dezesseis horas e quarenta e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e quarenta e sete minutos,
constatada a existência de quórum. A seguir, constatada a existência de quórum,
foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal, formulado pela
Vereadora Maristela Meneghetti, solicitando alteração na ordem de apreciação da
matéria constante na Ordem do Dia, nos termos estabelecidos em reunião da Mesa
Diretora com o Colégio de Líderes, tendo os Vereadores Aldacir Oliboni, Adeli
Sell e Professor Garcia se manifestado sobre esse Requerimento. Em Votação,
foram votados conjuntamente e aprovados os Requerimentos nos 136 e
137/07. Em Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
184/07, por vinte e nove votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell,
Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo,
Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr.
Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Márcio Bins Ely,
Margarete Moraes, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Nereu
D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia
Cavedon. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 183/07, por vinte e nove votos SIM, tendo votado os Vereadores
Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo,
Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr.
Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, João
Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris,
Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela
Meneghetti, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião
Melo e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 237/06, por vinte e oito votos SIM, tendo
votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Antonio
Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Márcio
Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Meneghetti,
Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e
Sofia Cavedon. Na oportunidade, a Vereadora Maristela Maffei registrou sua
intenção de votar favoravelmente ao Projeto de Lei do Legislativo nº 237/06. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 073/07, por
vinte e seis votos SIM, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maristela
Meneghetti, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Almerindo
Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Dr. Goulart,
Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib,
João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Márcio Bins
Ely, Margarete Moraes, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Neuza
Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. A
seguir, foi aprovado Requerimento verbal, formulado pelo Vereador Nereu
D’Avila, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na
Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 187/07. Em continuidade, o Vereador Alceu Brasinha manifestou-se
acerca do número de dias em que o Vereador João Antonio Dib exerce a vereança
neste Legislativo. Às dezessete horas e quatorze minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos para a realização de reunião conjunta de Comissões
Permanentes, sendo retomados às dezessete horas e quarenta e oito minutos,
constatada a existência de quórum. Em Discussão Geral e Votação, esteve o
Projeto de Lei do Legislativo nº 029/07, o qual, após ser discutido pela Vereadora
Maria Luiza e pelos Vereadores Sebastião Melo, Guilherme Barbosa e Carlos Comassetto,
teve sua discussão adiada por duas Sessões, a Requerimento, aprovado, de
autoria da Vereadora Maria Luiza. Durante a apreciação do Projeto de Lei do
Legislativo nº 029/07, o Vereador Alceu Brasinha cedeu seu tempo de discussão à
Vereadora Maria Luiza. Na oportunidade, foi aprovado Requerimento verbal, formulado
pela Vereadora Maria Luisa, solicitando o adiamento, por duas Sessões, da
discussão do Projeto de Lei do Legislativo nº 029/07, tendo o Vereador Dr.
Goulart se manifestado sobre o assunto. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 020/07, com ressalva da Emenda
aposta, por dezoito votos SIM e um voto NÃO, após ser discutido pelo Vereador
Carlos Todeschini, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maristela
Meneghetti, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni,
Almerindo Filho, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Dr. Raul,
Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Luiz
Braz e Marcelo Danéris e as Vereadoras Margarete Moraes, Maria Luiza, Maristela
Maffei, Maristela Meneghetti e Sofia Cavedon e Não a Vereadora Clênia Maranhão.
Foi votada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 020/07, a
qual obteve dezesseis votos SIM, em votação nominal solicitada pela Vereadora
Maristela Meneghetti, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Almerindo
Filho, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Dr. Raul, Guilherme
Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Luiz Braz, Marcelo Danéris,
Margarete Moraes, Maria Luiza, Maristela Meneghetti, Sofia Cavedon e Valdir
Caetano, votação esta declarada nula pela Senhora Presidenta, em face da
inexistência de quórum deliberativo. Durante a Sessão, foram apregoadas as
seguintes Emendas ao Projeto de Lei do Executivo nº 021/07: Emendas nos
22, de autoria do Vereador Mario Fraga; 23 e 24, de autoria da Vereadora Maria
Luiza; 25 e 26, do Vereador Elias Vidal; e 27, de autoria do Vereador Elói
Guimarães. Às dezoito horas e trinta e três minutos, constatada a inexistência
de quórum deliberativo, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores
Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos
foram presididos pelas Vereadoras Maria Celeste e Maristela Meneghetti e pelo
Vereador Aldacir Oliboni e secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha e João
Carlos Nedel. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse
lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim
e pela Senhora Presidenta.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Passamos à
(até 06 oradores/10 minutos/com aparte)
5ª SESSÃO
PROC. Nº 8022/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
021/07, que estima a receita e fixa a despesa do
Município de Porto Alegre para o exercício econômico-financeiro de 2008. Com Emendas nos
01 a 21.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta
Especial.
O
SR. ADELI SELL: Verª
Maristela Meneghetti; colegas Vereadores e Vereadoras; Secretário Idenir
Cecchim, da SMIC, que acompanha esta Sessão, eu já falei aqui sem a sua
presença, Secretário Cecchim, sobre um tema importante da Lei do nosso
Orçamento. No que se refere ao Orçamento, no item Combate à Ilegalidade, para a
luta pela formalidade - que todo e qualquer órgão público deve fazer hoje, de
Norte a Sul do País, na esfera estadual, federal e municipal -, eu dizia que
apenas 40 mil reais do Orçamento é um valor insuficiente. E é por isso que o
Ver. Professor Garcia - que será o Relator do Orçamento, e teve a minha
concordância - se comprometeu a se reunir com a minha Bancada, a Bancada do
Partido dos Trabalhadores, para não voltar a acontecer o que já aconteceu
outras vezes: não houve diálogo. E, como V. Exª prometeu - e eu tenho certeza
de que vai cumprir -, nós vamos discutir. Eu disse, ontem, a V. Exª - não foi,
Ver. Garcia? - que 40 mil reais são insuficientes. Nós queremos, como
combinamos, ontem, nos corredores do terceiro andar, Secretário Cecchim, 150
mil reais; portanto, uma Emenda aumentando é razoável. Não é disputa com a
Prefeitura, muito menos com V. Exª, e V. Exª sabe que precisa dessa questão.
Nós,
há pouco, dialogávamos a respeito da importância dessa discussão sobre a
questão da legalização. Ontem, aqui, a Verª Margarete Moraes, o Ver. Comassetto
e eu estávamos na Sessão Solene da Federasul. Qual foi o discurso do Presidente
da Federasul? Por sinal, foi um discurso de uma coerência muito grande e
importante, diferentemente de outros empresários que mudam de opinião conforme
muda o vento. Há alguns gestores públicos, também, que, conforme o vento, mudam
de opinião.
Nós
precisamos manter a coerência. E isso nós estamos tentando fazer,
sistematicamente, aqui, na discussão do Orçamento, Secretário Cecchim. Então,
nós faremos uma Emenda; estamos avisando V. Exª, o Governo e o nosso Relator. É
importante essa questão.
É
claro que nós sabemos que não é fácil enfrentar essa situação. Há excessos,
muitas vezes, de lado a lado; eu já convivi com isso, já fui criticado por
isso, mas eu acho que, com as questões que V. Exª acabou de me colocar - amanhã
vou confirmar na imprensa -; voltarei a esta tribuna para tratar deste tema.
Há
uma outra questão que eu gostaria de expor, aproveitando a sua presença,
Secretário Cecchim, sobre a questão dos programas interligados das Secretarias.
Nós temos que juntar os esforços do ProJovem com uma política que a SMIC
desenvolve, não da cabeça do Secretário Mauro Zacher - que não fez pesquisas -,
sobre quais os cursos que deveriam dar. Nós temos elementos na Secretaria de
Indústria e Comércio que poderiam guiar o Governo no gasto do dinheiro do
ProJovem e, inclusive da verba da própria Secretaria. Portanto, o Governo
precisa - e quero falar para a Liderança do Governo, como se diz, “numa” boa,
porque nós temos que contribuir com o desenvolvimento da Cidade - juntar várias
Secretarias, Verª Clênia Maranhão, para fazer programas unificados. Os
governos, de um modo geral, acabam tendo governos independentes nas
Secretarias.
Quando
é preciso criticar, nós criticamos. Quando o Governo do Estado faz um
levantamento dos próprios em Porto Alegre - como eu discuti, hoje, com a
Secretária Maria Leonor Carpes, do Governo do Estado, da Administração - e dialoga
com a Prefeitura, se aquele prédio tem importância para a Prefeitura, por uma
permuta, por uma negociação. Independentemente de questões
político-partidárias, é preciso dizer que está correto, porque há, sem dúvida
nenhuma, um desperdício da coisa pública. Por isso eu vim aqui, por exemplo,
criticar os cinco mil reais no tópico “Não à Violência”, da Secretaria da
Juventude. Aí, um Vereador disse: “Isso é pouco dinheiro”. Exatamente! Eu estou
dizendo que é pouco dinheiro. Não é o contrário. Agora, se isso for
desvinculado do Programa PETI - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil -,
que o Secretário Idenir Cecchim implementa, esse dinheiro não vale nada. Agora,
se ele for juntado ao dinheiro da SMIC, cinco mil reais, ainda é pouco, mas
seria uma boa aplicação.
Vamos deixar de conversa de que estamos aqui fazendo uma guerra entre situação e oposição; não é do meu feitio, não é do feitio da Bancada do PT, porque nós temos contribuído com várias questões, ou vamos pegar as notas taquigráficas de ontem, do debate que houve na CEFOR sobre a questão do Orçamento. Pergunte aos Vereadores Professor Garcia, Luiz Braz e João Antonio Dib qual foi o debate que nós introduzimos. O velho e bom debate sobre a importância da arrecadação, que não é discutida neste momento, aqui nesta Casa, quando estamos discutindo o Orçamento; é a questão da arrecadação.
Vou
aproveitar a sua presença, Secretário Cecchim, para falar sobre a questão da
cobrança de ISS do setor de Saúde. Quantos alvarás eu lhe apontei num único
endereço? Dez. V. Exª comprovou e me deu essa boa informação, que eu
passo, aqui, em primeira mão: aquele médico que era responsável técnico está
onde, Secretário? No Presídio Central, no xilindró; o médico que era o
responsável técnico por essas clínicas da Rua Padre Chagas, onde uma médica
responsável, proprietária daquele local, foi surpreendida, pois lá tem dez
registros de clínicas, inclusive clínicas abortivas clandestinas, que todo mundo sabe. Pois é assim que se tem que fazer política: em alto nível,
discutindo, cobrando.
E
é por isso que eu ocupei todos os debates sobre a Lei de Orçamento. E eu
apresentei dados concretos, números que sei de cor e salteado. Por exemplo, eu
quero discutir, Ver. Ervino Besson - que é um homem preocupado com o gasto
público, e já debatemos várias vezes -, os 200 mil reais para a Tenda da
Juventude, para fazer o “eventão” como foi feito no ano passado, com a Fundai
de Santa Maria, com prestação de contas que eu queria ver nota sobre nota. Eu
estou cobrando, e o Secretário Mauro Zacher não aparece. Dizem que vai aparecer! Estou
tratando dos 200 mil reais, Vereador, do Programa Tenda da Juventude.
A Srª Clênia Maranhão: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Só para repetir aquilo que já disse outras
vezes: o Ver. Mauro Zacher pediu, insistentemente, um espaço para
comparecimento. A Diretoria Legislativa mandou uma resposta para o Secretário,
sugerindo que o comparecimento fosse dia oito. Ele mandou um e-mail para
todos os Vereadores; V. Exª, inclusive, o recebeu, pedindo para antecipar. Já
está marcado para o dia 08 - vou dizer mais uma vez!
O SR. ADELI SELL: Eu sei que
tinha sido marcado, mas foi desmarcado por uma pessoa da Bancada do Partido do
Secretário, que é do PDT. A questão é a seguinte, com todo o respeito à sua
Liderança, mas, às vezes, acontecem umas coisas um pouco estranhas, mas
respeito V. Exª, porque V. Exª tem me respondido - inclusive, diga-se de
passagem, Verª Clênia, corajosamente - algumas coisas que eu acho que são
indefensáveis, mas está cumprindo o seu dever de Líder do Governo. A Verª
Margarete Moraes e o Ver. Carlos Todeschini têm vários Pedidos de Informações
que não foram respondidos sobre questões, Ver. Nedel, de Orçamento dessa
Secretaria específica. V. Exª, como Contador, poderia nos ajudar, com sua
história na Contabilidade, a verificar essas questões, porque estamos
discutindo Orçamento Público Municipal. Estou aqui para colaborar, e tudo o que
levantei tem base e fundamentação. Não me peçam para fazer demagogia, porque eu
não faço; o que apresento aqui é a dura, nua e crua realidade da crise que
vivemos na cidade de Porto Alegre! E quem não quiser ver isso, em 2013 vai
discutir um Orçamento mais do que deficitário, não conseguindo pagar a
Previdência para os servidores públicos municipais aposentados. Olho para o
futuro, porque o futuro é a garantia de que tenhamos civilização, e não
barbárie. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Apregôo a
Emenda nº 22, de autoria do Ver. Mario Fraga, ao PLE nº 021/07, que solicita a
pavimentação de 150 metros da Rua Otávio José de Souza, no bairro Belém Novo,
iniciando na esquina com a Avenida do Lami.
O
Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta,
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu não vou me deter no Orçamento
com cifras pequenas, de cinco, dez mil reais, apesar de contribuírem. O
Orçamento de Porto Alegre, para o ano de 2008, é de dois bilhões e 820 milhões
de reais; deste total, 310 milhões - mais de 11% - estão previstos para
investimento na Cidade. Isso é algo significativo e, ao mesmo tempo, dá ao
contribuinte a garantia de que os seus impostos principais, ISSQN, IPTU, ITBI,
serão bem aplicados - e hoje Porto Alegre tem a maior arrecadação, comparando
com as demais Capitais do Brasil, em termos de ITBI.
Eu quero comentar sobre o Projeto Socioambiental -
que nós já discutimos e votamos aqui - que começará no ano que vem. Sem sombra
de dúvida, esse é o maior Projeto da Cidade nos últimos anos; o custo total
dele é de duas vezes o valor da 3ª Perimetral, e o Município, só no próximo
ano, vai investir, de Receitas próprias, 765 milhões de reais. Esse Projeto
Integrado Socioambiental permitirá que comece uma canalização desde a Usina do Gasômetro
até a Ponta Grossa.
Chamo a atenção dos senhores: hoje, Porto Alegre
tem 27% do seu esgoto tratado, e a população poderia perguntar: “Apenas 27%?” E
Porto Alegre é uma das cidades que têm um dos maiores índices de tratamento de
esgoto do País. Este Projeto - volto a dizer - é o maior Projeto da Cidade das
últimas décadas e vai permitir que o tratamento de esgoto desta Cidade passe
para 77%.
Quero também falar dos investimentos para a
finalização, no próximo ano, do Conduto Forçado Álvaro Chaves, o que, de uma
vez por todas, acabará com aquela série de alagamentos que ocorre na Cidade,
porque, durante muitos anos, o Poder Público, o Executivo, teve um olhar
voltado para a periferia da Cidade e esqueceu-se daquele segmento. Agora o
Conduto Forçado Álvaro Chaves está na fase final, e esperamos que aquilo possa
resolver a questão dos alagamentos em Porto Alegre. O que não queremos mais ver
são os jet skis andando pelos arredores do Parcão quando chove; esta
será uma página virada na cidade de Porto Alegre.
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Garcia, o Socioambiental é um Projeto
magnífico, para o qual foram aprovadas, aqui, três leis que captam recursos do
Governo Federal, do BID e assim por diante. Como houve mudanças técnicas no
Projeto, nós ainda não conseguimos analisá-las com profundidade. Conto com V.
Exª para que essas informações sobre o Projeto técnico cheguem aqui para
aprofundarmos esse debate.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Eu agradeço,
Vereador, e esse é, inclusive, o entendimento do próprio Prefeito Fogaça, já
que esta Casa não pode aprovar um Projeto com dúvidas. Também, com relação ao
Projeto Socioambiental, eu falei do esgoto, e ressalto que mais 1.300 famílias
serão reassentadas, serão contempladas com suas casas, porque isso também é uma
questão de saneamento básico, de saúde, mas, principalmente, volto a dizer, de
dignidade.
Também quero comentar sobre a finalização do
Projeto Entrada da Cidade, o PIEC. Com a chegada do verão, as pessoas que passam
por ali para irem ao Litoral terão um olhar diferente ao notarem que casas
estão sendo construídas naquela região. Havia, ali, assaltos na calada da
noite, e, quando por ali passavam os carros, tinham seus pneus furados e
saqueados. Também está sendo dada dignidade às famílias que moram naquela
região, e o turista, ao entrar em Porto Alegre, também terá um novo olhar para
com a Cidade. Só ali serão investidos 186 milhões de reais. Quero ressaltar,
também, a questão da Educação. Sabemos que um dos sérios problemas da nossa
Cidade é o das creches, de onde colocá-las. Então, quando se fala na questão de
geração de emprego e renda, sabemos que, muitas vezes, a mãe - e eu falo,
especificamente, da questão da mulher - quer trabalhar, mas não tem onde deixar
os seus filhos. Ora, está prevista, neste ano e no ano que vem, a construção de
dezenove creches. Isso vai garantir que mais de mil vagas sejam oferecidas. O
telespectador que nos assiste pode pensar: “Mas mil vagas vão resolver o
problema?” Não vão resolver o problema de todo, mas tenham a certeza de que o
problema vai minimizar muito, e isso vai ajudar as mães, que, ao largarem os
seus filhos com tranqüilidade, poderão, sim, buscar o seu emprego. E isso vai
fazer com que aumente a questão de geração de emprego dentro do ambiente
familiar e, conseqüentemente, trará benefícios para a Cidade.
A Legislação mostra uma questão constitucional, de
que é dever do Município cuidar do Ensino Fundamental. Preocupado com isso, o
Prefeito Fogaça já garantiu que, no próximo ano, serão inauguradas duas novas
escolas na Zona Sul da Cidade, com 2.400 vagas; uma escola no Rincão, ali no
bairro Belém Velho, e a outra, no Moradas da Hípica. São duas escolas que serão
implantadas, porque há uma demanda, e o crescimento da Zona Sul permitiu isso.
E a Secretária de Educação, Marilú, percebeu a necessidade, com a própria
mobilização da comunidade, e o Prefeito Fogaça foi sensível; então, está
colocando isso também no Orçamento da Cidade.
Eu quero colocar algumas coisas mais. O Secretário
Idenir Cecchin estava aqui, e nós votamos, nesta Casa, recentemente, um
Projeto, para o qual está prevista uma pequena verba orçamentária. Foi, sem
sombra de dúvida, um dos grandes Projetos que votamos aqui nesta Casa, chamado
Alvará na Hora. Aqueles milhares de pequenos estabelecimentos que estão em
locais não-regularizados da nossa Cidade, que tinham dificuldade com o
fornecimento de nota, com a identificação e que, muitas vezes, tinham problemas
com a própria compra dos seus recursos, que precisava ser feita de forma
diferenciada, estão sendo beneficiados com o Alvará na Hora, que está
permitindo que esses estabelecimentos saiam da clandestinidade, passem para a
legalidade - e é o que eles queriam;
isso vai trazer mais receita para o Município, e, ao mesmo tempo, vai dar mais
dignidade a esses proprietários, que vão ter uma nova condição de compra. Mas
quero também dizer, Vereadores - e gostaria que prestassem a atenção -, que o
pólo moveleiro do Parque Industrial da Restinga, onde 12 empresas já se instalaram,
no próximo ano, vai começar a gerar emprego e renda. Também há a questão do
reaproveitamento do óleo de cozinha das residências, transformando-o em
biodiesel.
Saliento,
também, a questão ainda da maior ocupação empresarial do Porto Seco. Fiz questão
de mostrar que, com esses 2 bilhões e 820 milhões, com 310 milhões em
investimentos, nós teremos altos investimentos na Cidade, sem contar com o
Projeto Reluz, que fará com que, pelo menos, mais 30 mil luminárias sejam
instaladas em Porto Alegre.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Obrigado,
Vereador. Realmente, o Centro Popular de Compras dará uma nova dimensão. A
imprensa tem comentado essas bagunças que estão sendo provocadas no Centro da
Cidade. Mas quero esclarecer que não se tratam de camelôs, mas de
contraventores que vivem da pirataria, do contrabando, da venda do Viagra e
até, se quiserem, de armamento pesado. A contravenção nós não devemos e não
vamos permitir, mas queremos, sim, a instalação do Centro Popular de Compras,
para que possamos, ao longo dos anos, fazer com que esses camelôs saiam da
informalidade, dando-lhes infra-estrutura para a geração de emprego e renda,
que é o que nos preocupa. Quando o ser humano tem o seu emprego, ele tem mais
dignidade. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Professor Garcia.
Apregoamos
a Emenda nº 23 ao PLE nº 021/07, no Projeto Semana de Porto Alegre, de autoria
da Verª Maria Luiza.
Apregoamos
a Emenda nº 24 ao PLE nº 021/07, no Projeto Atenção à Dependência Química, de
autoria da Verª Maria Luiza.
Apregoamos
o Projeto de Lei do Governo Municipal, PLE nº 027/07, que altera a redação do caput
e parágrafo único do art. 54 da Lei nº 7.595, de 17 de janeiro de 1995, que
dispõe sobre o processo de eleição dos Conselhos Tutelares no Município de
Porto Alegre e dá outras providências.
A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
(Pausa.)
O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
(Pausa.)
O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta Especial. (Pausa.)
Desiste.
O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
(Pausa.)
O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
(Pausa.) Desiste.
O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; colegas Vereadoras e Vereadores, eu
quero iniciar falando sobre a importância que tem o Projeto de Lei Orçamentária
sobre a orientação e a lógica do desenvolvimento de uma gestão pública
Municipal.
O
primeiro ponto que quero aqui discutir, já que, nesta semana, nós instalamos a
Comissão Especial que vai tratar da Revisão do Plano Diretor, é o grande
desajuste que há entre a Peça Orçamentária com os projetos estratégicos orientados
no Plano Diretor.
O
que diz a Lei a respeito da ordem jurídica, administrativa, financeira? O
primeiro projeto que orienta o desenvolvimento da Cidade é o Plano Diretor. O
Plano Plurianual tem que vir orientando os demais projetos em função do Plano
Diretor. A Lei de Diretrizes Orçamentárias define as diretrizes para o próximo
ano, e o Orçamento grava recursos para os próximos anos. Portanto, Ver.
Professor Garcia - que me antecedeu aqui -, eu quero trazer dois temas a
respeito do território e que não estão contemplados nos 21 Programas do
Município apresentados hoje na Lei de Diretrizes Orçamentárias. O primeiro
deles é o capítulo da preservação ambiental, Verª Clênia Maranhão. Este tema é
uma diretriz do Plano Diretor, está colocado sob o ponto de vista de nós
concretizarmos a definição das áreas de preservação do ambiente natural da
Cidade. Para isso, é necessário investimento, recurso e projetos. Pois vejam
que, no Orçamento do ano passado, nos projetos da SMAM, quando nós destinamos o
recurso para ser investido na preservação dos parques, na manutenção da reserva
biológica do Lami e em outros, foram aplicados somente em torno de 46% dos
recursos.
Agora,
Ver. Professor Garcia, o senhor se referiu ao Projeto Socioambiental, e uma das
grandes contrapartidas construídas é constituir o parque linear do Arroio do
Salso. O Arroio do Salso é a maior bacia ainda com suporte natural do Município
de Porto Alegre; deságua lá na ponta da Serraria e pega toda região da
Restinga, Belém Velho, Rincão, passando pela Hípica, e tem um potencial
fantástico. No momento em que se retira esse Projeto, que é magnífico sob o
ponto de vista da preservação ambiental, e ele não aparece no Orçamento do
Município, creio que o Orçamento Municipal tem um problema. Portanto, ele não
está respondendo à orientação de uma gestão administrativa que está suportada
no Plano Diretor e no Plano Plurianual. Então, essa é a primeira falha que eu
identifico neste Projeto.
Segundo,
quando nós falamos de vias estruturadoras, nós gostaríamos muito de saber quais
são as vias estruturadoras deste Município que serão pavimentadas. Nós
apresentamos duas Emendas no Plano Plurianual de 1995, para tratar da
duplicação da Rua Edgar Pires de Castro. Qual é a Rua Edgar Pires de Castro? No
final da Av. Juca Batista, levando da rótula da Hípica até a Restinga.
Professor e Engenheiro Guilherme - o senhor, que coordenou a SMOV -, este
Projeto já estava orientado numa discussão anterior, porque aquela via
estruturadora foi até a rótula da Hípica, que divide Belém Novo e Restinga. O
que acontece? Aquela Emenda que apresentamos no Plano Plurianual foi rejeitada;
se ela foi rejeitada, esperávamos que ela fosse aparecer nos Planos Plurianuais
subseqüentes. Não vieram. Bom, ali tem um estrangulamento viário da cidade de
Porto Alegre. A outra Emenda que apresentamos também foi rejeitada para
elaboração do Projeto, que foi a da Av. Vicente Monteggia, que leva todo o
entroncamento do bairro Camaquã, Campos Velho e Nonoai, e que vai até Vila
Nova, Campo Novo, Belém Velho, Monte Cristo; aquela região está
saturadíssima. Será que nós vamos passar esses quatro anos em branco, sem
discutir, sem projetar, sem organizar, sem destinar recursos?
O
Sr. Guilherme Barbosa: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Carlos Comassetto,
obrigado pelo aparte. A minha passada pela SMOV me permite dizer que V. Exª
levanta a questão de duas vias importantíssimas da nossa Cidade e que estão com
a capacidade esgotada pelo grande crescimento da Zona Sul da Cidade. Eu ainda
acrescento uma terceira, que é a Av. Prof. Oscar Pereira, que também serve de
ligação entre a Zona Sul e o Centro da Cidade e que também é estreita, não há
laterais bem trabalhadas; as pessoas correm risco ao caminhar bem perto da
pista; e, portanto, nós temos que ter alguma iniciativa mais efetiva por parte
do Executivo Municipal. A gente sabe que estaria sendo elaborado um projeto
para o alargamento da Av. Vicente Monteggia, mas eu afirmo que é um recurso
muito alto, que tem que ter o projeto, uma iniciativa, e a previsão também tem
que ser colocada no Orçamento. Obrigado.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Muito
obrigado, Ver. Guilherme Barbosa, nosso colega, Vereador da minha Bancada, o
Partido dos Trabalhadores, ex-Secretário Municipal de Obras e Viação. Este é o
tema; portanto, é o seguinte, Ver. Nilo e os demais da base do Governo: não
adianta vir aqui dizer que estão trazendo iniciativas, que existem projetos,
que há medição se não está no Orçamento; aproximadamente, quanto custa um
quilômetro da duplicação da Av. Edgar Pires de Castro? Custa em torno de um
milhão de reais, um milhão e duzentos reais, o quilômetro. Aquela avenida tem
em torno de cinco quilômetros. Logo, vai custar de cinco a seis milhões. Se não
estiver no Orçamento, eu pergunto: como será feita essa via com recursos
próprios do Município? Ver. Nilo, por favor, o senhor que é meu vizinho,
morador da Vila Nova.
O
Sr. Nilo Santos: Obrigado,
Ver. Comassetto, que está sempre preocupado com os problemas da Zona Sul. A
duplicação da Av. Vicente Monteggia é um problema antigo que nós temos. Na
realidade, Vereador, o senhor é conhecedor de que, para buscar verba, é
necessário um projeto, projeto que, até agora, não existia. O primeiro
movimento qual é? A elaboração de um projeto. Está sendo elaborado, e espero,
Vereador, com a inteligência que o senhor tem, que o senhor não critique neste
momento. Por quê? Porque o primeiro movimento está sendo realizado, e, somente
após este movimento é que virá o próximo, que é o de buscar a verba para a
duplicação. Muito obrigado.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Eu
lhe agradeço muito esse aparte, Ver. Nilo, porque é justamente usando essa
inteligência que nós fizemos uma Emenda, em 2005, no Plano Plurianual, e a
Emenda dizia o seguinte: “Diretrizes e recursos para a elaboração do Projeto da
Av. Vicente Monteggia e da Rua Edgar Pires de Castro.” Infelizmente, a base do
Governo rejeitou essa diretriz, que era a primeira alternativa que nós tínhamos
oferecido à cidade de Porto Alegre. Portanto, eu agradeço esse aparte para nós
recuperarmos aquele momento. O senhor não estava aqui naquele momento, é
verdade, mas os Vereadores da base, inclusive os nossos colegas que moram lá na
Vila Nova, votaram contra. E isso tem que ser dito, e ser dito em todos os
momentos, para que isso seja discutido. Os outros que moram em Belém Novo e na
Restinga também votaram contra. Quando nós fazemos uma discussão de Orçamento,
não é uma discussão partidária; é uma discussão de projeto de cidade. O senhor
tem razão: tanto a Av. Vicente Monteggia quanto a Av. Edgar Pires de Castro são
reivindicações antigas. Por que elas
não foram desenvolvidas? Porque elas são continuidade de um processo, e a
Administração Popular desenvolveu a Av. Juca Batista até a rótula da Hípica,
que leva à Restinga. O próximo passo seria nós darmos continuidade, o que,
tecnicamente e politicamente, seria da próxima gestão, que é esta que estamos
vivenciando agora, do Sr. Prefeito Fogaça. Portanto, nós trazemos este tema
novamente para discussão, para dizer que há uma falha sob o ponto de vista
estrutural, político, administrativo e na discussão orçamentária do Município,
porque o Orçamento que veio não contempla a possibilidade de nós fecharmos 2007
e 2008 com esses dois projetos - que são necessários e magníficos - concluídos.
Então, como o senhor disse, se não tem projeto, não tem via; como não veio o
projeto, não tem intenção política, vamos presumir que não acontecerá. Mas
continuaremos lutando para que aconteça. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Comassetto.
Apregoamos
a Emenda n° 01, de autoria do Ver. Sebastião Melo, ao PLCL n° 019/07: “Art. 1°
- Altera a redação do art. 4° do PLCL n° 019/07, conforme segue: Art. 4° - Esta
Lei Complementar entra em vigor a partir de 1° de janeiro de 2009”.
O
Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
O
SR. ERVINO BESSON: Minha
cara Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores e Vereadoras;
senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da
TVCâmara, eu queria saudar todos. Quero fazer, também, uma saudação muito
especial à visita do Secretário da SMIC, Idenir Cecchim. A Casa se sente
honrada em recebê-lo aqui, meu caro Secretário!
Orçamento:
sempre que eu tenho oportunidade, eu digo que não há projeto que supere, em
termos de responsabilidade por parte dos Vereadores, a questão do Orçamento,
que nós estamos discutindo e vamos aprovar daqui a poucos dias. Quero ligar ao
Orçamento, pelo menos neste ano, o Plano Diretor, com o qual nós também temos
uma grande responsabilidade nesta Casa. Quero dizer que a responsabilidade pelo
Plano Diretor é nossa, dos 36 Vereadores e Vereadoras, mas há uma equipe de
titulares, escolhida democraticamente, que vai discutir o Plano Diretor com os demais
Vereadores e com as entidades que vão participar da discussão de uma forma
democrática, de uma forma clara, de uma forma aberta, para ver que Cidade nós
queremos e para sentirmos o que o povo pensa sobre a cidade de Porto Alegre, o
que o povo pensa sobre o Plano Diretor. Então, abriremos essa discussão ampla,
para que possamos, sim, discutir, de uma forma muito clara, de uma forma muito
democrática, o Plano Diretor para a cidade de Porto Alegre. Os Vereadores que
me antecederam há pouco, o Ver. Comassetto e o Ver. Professor Garcia, também
deram o seu relato sobre o que eles pensam do Plano Diretor.
Mas eu quero destacar que a Prefeitura,
ultimamente, tem recebido muitas críticas de alguns Vereadores. Faltam dois
meses ainda para encerrarem os três anos de mandato desta Administração, meu
caro colega, Ver. Márcio Bins Ely, e a criação do shopping popular, um
problema que atormentava a cidade de Porto Alegre, ao longo da sua história, é
hoje uma realidade em Porto Alegre.
O Distrito Industrial da Restinga, que tanto foi
discutido nesta tribuna - quantos Vereadores aqui já se pronunciaram, ao longo
desses anos, sobre o Distrito Industrial da Restinga? -, hoje está aí, é uma
realidade, saiu do papel, graças ao trabalho de um órgão da Prefeitura. E quero
parabenizar o nosso Secretário Idenir Cecchim pelo seu trabalho. Ele conseguiu
trazer, inclusive, uma empresa estrangeira, uma empresa indiana, para o
Distrito Industrial da Restinga. Num domingo, o empresário estava aqui em Porto
Alegre, e o Secretário colocou o empresário no seu veículo, foi até o Distrito
Industrial da Restinga, e hoje ele é uma realidade. Eu já fiz algumas vezes um
convite e o faço novamente: Vereadores, vamos visitar o Distrito Industrial da
Restinga, vamos dar uma olhada, vamos pegar as nossas famílias, constatar o que
era aquilo lá há três, quatro anos, e o que é hoje. A realidade está aí;
juntamente com o shopping popular, que já foi iniciado.
O Sr. Márcio Bins Ely: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ervino Besson, eu também gostaria de
compartilhar esse assunto que V. Exª traz para discussão na tarde de hoje -
fundamentalmente, pela presença do Secretário Idenir Cecchim na Casa -, dois
temas de fundamental importância, que são iniciativas muito importantes que vão
refletir, a médio e longo prazo, em nossa Cidade, que são, justamente, o
Distrito Industrial da Restinga e o shopping popular. Cumprimento V. Exª
por trazer a esta Casa essa discussão, esse debate, que tenho certeza de que
será um grande atributo que vai se traduzir para a nossa Capital. Muito
obrigado.
O SR. ERVINO BESSON: Muito
obrigado, Ver. Márcio Bins Ely.
E mais: o incentivo aos nossos estimados
produtores, porque muitos deles estavam desanimados, pois faltava apoio daqui e
dali. Hoje, o Prefeito está dando um incentivo, com a doação de mudas - e quero
reconhecer também o trabalho nesta Casa. A recuperação do nosso Cinturão Verde,
que é uma área produtiva, e a conservação do meio ambiente também estão ligados
aos nossos produtores; é mais um trabalho, é mais um grande feito da
Administração do nosso querido Prefeito Fogaça.
Temos também o caso das creches. Já foi dito aqui
quantas creches já foram construídas e quantas ainda serão construídas, Ver.
Garcia. Claro que não vamos resolver o problema na sua totalidade, mas vamos
amenizar muito o problema de famílias que precisam trabalhar e não têm onde
colocar os seus filhos. Essas creches vão resolver o problema de muitas
famílias.
O Programa Caminhos Rurais de Porto Alegre também é
uma realidade, um incentivo à conservação do nosso meio ambiente e da nossa
área produtiva. O turismo também, hoje, já é uma realidade. O Programa Vou à
Escola é uma realidade que está aí, incentivando os nossos alunos, os nossos
jovens. É um belo Programa.
Então, vamos reconhecer quantas coisas boas estão
sendo feitas por esta Administração.
Temos
também o caso da duplicação da Av. Vicente Monteggia, que também está aí. O
Projeto estará pronto, segundo informações dos técnicos, até março - estivemos
lá, juntos, no dia da assinatura das empresas que vão apresentá-lo; é uma
reivindicação histórica daquela Região. É uma via que vai encurtar distâncias,
porque o crescimento, hoje, a gente sabe, ocorre na Zona Sul de Porto Alegre;
os vazios urbanos, hoje, a maioria deles é na Zona Sul. É necessário o
alargamento da Av. Vicente Monteggia. Nós, que moramos lá - eu moro naquela
região, assim como o Ver. Comassetto, o Ver. Dr. Goulart, o Ver. Mario Fraga, o
Ver. Todeschini, o Ver. Guilherme Barbosa -, sabemos quais são as dificuldades
das pessoas que transitam naquela Região. Vejam quantos Vereadores residem na
Zona Sul e sabem do problema que há naquela Região, como a sujeira, por causa
de um trecho que existe lá. O Projeto está aí, e ele trará muitos benefícios; é
uma obra de grande vulto, de grande valor e que se faz necessária para aquela
Região.
Outro
grande Projeto é Água Certa. Olha, o Projeto Água Certa é extraordinário. Eu
quero destacar o trabalho do DMAE, do Bichinho e sua equipe, com a sua Direção;
é um grande Projeto que está trazendo grandes benefícios para a população de
Porto Alegre. E esse Projeto é de tamanha grandeza, que nós sugerimos até para
uma Comissão que a CEEE, juntamente com a Assembléia Legislativa do Estado,
também faça um projeto na mesma linha para as comunidades que têm problemas com
a falta de luz; quem sabe um projeto na linha do Projeto Água Certa resolva o
problema dessa população?
O
Sr. Carlos Todeschini: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Ervino. Vou
fazer um comentário sobre a questão do Projeto Água Certa, porque isso não é
nada de novo. Esse Projeto foi desenvolvido durante toda a nossa gestão; está
presente aqui, inclusive, o Hélio, que é o nosso assessor, que foi Diretor da
Divisão. Então, não existe invenção. O Projeto procura regularizar as
situações, principalmente das vilas. Agora, me assusta muito a reativação de
dívidas incobráveis que existem justamente naquelas áreas verdes, onde a
população não tem condições de pagar e que estão sendo lançadas novamente, criando
uma situação fictícia de endividamento da população de Porto Alegre, pois os
créditos não poderão ser resgatados. Então, essa é uma situação que é um pouco
mais delicada do que parece. Obrigado.
O
SR. ERVINO BESSON: Ver.
Todeschini, eu sempre tenho destacado que Vossa Excelência, como Diretor do
DMAE, iniciou o seu trabalho com muita competência; sempre que tenho
oportunidade digo isso na tribuna. Mas, quando surgem esses problemas, essa
situação tem que ser negociada, Ver. Todeschini. O Projeto Água Certa é um belo
Projeto, é um Projeto que está trazendo e vai trazer grandes benefícios; é um
Projeto que iniciou com Vossa Excelência, sabemos disso, e temos que dar
seguimento às coisas boas, como é o problema da Água Certa, que a Prefeitura
que assumiu agora, juntamente com sua equipe. Muito obrigado, minha cara
Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a
Pauta Especial.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma
Srª Presidente, Maristela Meneghetti, na pessoa de V. Exª, quero saudar os
demais Vereadores e Vereadoras desta Casa, público que nos assiste na galerias,
na TVCâmara, senhoras e senhores, venho a esta tribuna hoje, em Pauta Especial,
discutir o Orçamento que tramita nesta Casa - e tem urgência para sua aprovação
-, que diz respeito a todos os investimentos e a toda a questão que envolve os
financiamentos das políticas públicas a serem adotadas em Porto Alegre: folha
de pagamento, custos operacionais do Município para o ano de 2008. Aquilo que
não estiver inserido na legislação não poderá ser aplicado no ano que vem.
Portanto, esse é um Projeto muito importante e de grande relevância.
Eu
gostaria de fazer algumas considerações a respeito da questão que envolve a saúde
bucal e das maneiras como nós podemos enfrentar essa situação toda que está
posta, para que nós possamos também dar uma contribuição nesse sentido.
Justifico essa minha colocação, neste período de Pauta Especial, porque, ontem,
nós fizemos, aqui na Casa, uma reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente.
Recebemos o pessoal dos mais diversos órgãos: do CECO, da Faculdade de
Odontologia da UFRGS, da Faculdade de Odontologia da Ulbra; do Conselho
Regional de Odontologia, muito em função do transcurso do dia 25, que foi Dia
do Dentista. Nós queremos registrar o nosso reconhecimento a esses
profissionais, mas também queremos dizer que foi tirado como encaminhamento e
conclusão dessa reunião o fato de nós podermos, ainda nesse Orçamento, elaborar
uma Emenda que possa permitir algum investimento que dê subsídio para que, no
ano que vem, durante a Semana Estadual da Saúde Bucal, que é uma legislação
estadual, se possa fazer um investimento na área da conscientização, da
divulgação dessa matéria. Portanto, o encaminhamento da Comissão foi para
que possamos, talvez, construir uma emenda à Lei Orçamentária que garanta um
recurso, no sentido de darmos essa contribuição à questão da saúde bucal.
O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Márcio Bins Ely, acho louvável falar
de saúde bucal, porque tenho me debatido com essa questão. Agora, o Prefeito
teve a oportunidade de ter uma lei; vetou a lei. Os senhores, da base do
Governo, votaram a favor do Veto do Prefeito. Inclusive, num debate em uma
rádio, o próprio Vice-Prefeito, que é o Secretário da Saúde, me disse que veria
com bons olhos uma boa emenda destinando recurso à saúde bucal. Não estou
entendendo o seu Governo! Então, a base do Governo deveria ter votado a favor
do meu Projeto, e conseguiram detonar o Projeto fundamental sobre o respirador
bucal, que é o grande problema das crianças em Porto Alegre.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Ver. Adeli,
agradeço a sua intervenção. Na realidade, seguindo essa linha de raciocínio, da
importância e relevância que nós entendemos para esse tema, trago aqui alguns
dados que nos foram passados nessa reunião e que realmente nos remetem a uma
grande responsabilidade perante esse tema, fundamentalmente quando se discute o
Orçamento, já que, através do investimento, se podem garantir essas políticas
públicas: 85 milhões de brasileiros possuem cáries ou lesões; 20 milhões de
brasileiros são desdentados totais. Vejam bem, inclusive o Dr. Raul Antonio
Cruz, da Faculdade de Odontologia da Ulbra, dizia, ontem, que a nossa população
possui uma característica de tatus: uma coisa que me chamou atenção, porque o
tatu não tem dentes. Imagina só, Ver. Ervino Besson, 20 milhões de brasileiros
são desdentados totais; 40 milhões de brasileiros são desdentados parciais.
Ver. Dr. Raul, Presidente da Comissão de Saúde e
Meio Ambiente - neste momento, registro sua presença -, eu comentava sobre a
necessidade construirmos, junto com o Governo, uma alternativa para combater
essa situação que diz respeito à estética e também diz respeito à questão da
tristeza, da depressão daquela pessoa que não pode sorrir.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Márcio, não só aquilo que V. Exª está
pontuando com muita clareza; também há mais: nós sabemos que a pessoa que não
possui dentes para mastigar
os alimentos cria problemas de saúde muito sérios, vários tipos de patologias.
Está aqui o Ver. Raul, que é médico, e poderá confirmar isso. Nós sabemos que
existem muitos diagnósticos médicos que apontam este fato, que as pessoas que
não têm a sua dentadura, quando vão ingerir os alimentos, criam sérios
problemas de saúde.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Eu
agradeço o aparte, Ver. Ervino Besson. Realmente, vamos ver de que de maneira
nós vamos construir, Sr. Presidente, uma emenda da Comissão de Saúde, em
conjunto com o Governo, que tenho certeza de que tem o compromisso de atuar
nessa área.
Ontem
eu falava, e trazia alguns elementos para o debate, que poderíamos construir,
sim, na Lei Orçamentária, uma alternativa que possa dar subsídio a esta
questão: os brasileiros são os que mais consomem açúcar no mundo, 24 quilos de
açúcar per capita por ano, quando a Organização Mundial da Saúde
estabelece como quantidade razoável 10 quilos.
O
Sr. Dr. Raul: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Márcio. O que eu
teria a dizer é que, se a situação na Saúde, Clínica Geral, já é horrível, na
Odontologia, é precariíssima.
Nós temos, por exemplo, - não sei se V. Exª citou - dos 84 PSFs de Porto
Alegre, apenas sete com equipe de saúde bucal, quando nós precisaríamos ter 250
PSFs e, ao mesmo tempo, que cada um tivesse a sua equipe de saúde. Nós temos um
dentista para cada 10.000 pessoas da Saúde pública. Todos são pacientes. Muitas
vezes, temos alguma doença, e não procuramos o médico, mas dentista é
necessário sempre para que se faça, principalmente, a prevenção. Foi o que
falamos muito ontem na nossa reunião: a questão da prevenção, a questão das
cáries, porque hoje a nova geração, praticamente, em função da prevenção, já
não tem mais, mas a nossa geração mais antiga, infelizmente, tanto penou e
tanto vai penar em função até de tantos desdentados, tantas pessoas com
próteses que nós temos no Brasil. Só para concluir, esses germes da boca, nos imunossuprimidos, enfim, eles vão
para o tórax, eles dão acesso pulmonares, eles dão lesões gravíssimas de
pneumonias, levando pessoas à morte; dão mediastinite, que é uma infecção no
mediastino, e a pessoa acaba morrendo por isso. Então, na realidade, nós temos
que ter uma prevenção muito focada na saúde oral. Obrigado, pelo aparte.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Eu
agradeço, Dr. Raul, Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Nós temos
feito, incessantemente, esse trabalho, e também é importante que nós façamos
aqui o reconhecimento daquelas parcerias da Prefeitura, que têm funcionado, que
têm dado resultado e que têm, efetivamente, conseguido construir uma
alternativa de qualidade de vida para as comunidades como foi o caso, Verª
Clênia, da visita que fizemos à Ilha dos Marinheiros e à Ilha da Pintada, onde
se estabeleceu, em parcerias com o Hospital Moinhos de Vento, todo um
ambulatório, todo um atendimento com uma equipe de dentistas de primeira linha,
com equipamentos de última geração, para atender as comunidades carentes das
ilhas. Então, também é importante que nós possamos, junto à questão que está
sendo debatida, que é a questão orçamentária, construir não só através de
políticas públicas governamentais, alternativas para enfrentar esse tipo de
situação, mas também as parcerias público-privadas, que são alternativas que se
tem para se melhorar esse quadro que está posto.
Eu
gostaria de fazer, Srª Presidenta, um relato e um encaminhamento a respeito de
um assunto muito importante que também faz parte da temática de discussão da
Comissão de Saúde e Meio Ambiente, no qual estamos inseridos e engajados, dando
a nossa contribuição através desse trabalho, para que nós, também, nessa
legislação e na legislação do Orçamento, possamos encontrar uma alternativa
para incentivar e conscientizar as pessoas a respeito da importância da
reciclagem. Nesse sentido, quero dizer que, nessa semana, protocolei, nesta
Casa, um Projeto de Lei que cria a Semana da Reciclagem em Porto Alegre,
procurando, através dessa iniciativa, quem sabe, construir, através de uma
Emenda, um recurso específico, para que se possa fazer um trabalho de
conscientização e divulgação mais forte, com mais intensidade, porque,
realmente, nós só vamos poder garantir a qualidade de vida das futuras gerações
se nós tivermos um desenvolvimento sustentável, e, sem investimento, fica muito
difícil construirmos políticas públicas efetivas que tenham a dimensão e o
alcance necessário para que se possa, realmente, fazer um trabalho de
conscientização nesse sentido. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a
Pauta Especial.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, eu quero iniciar comentando o pronunciamento do Ver. Márcio, que
falou em instituir a Semana da Conscientização da Reciclagem. O mais
importante, Vereador, do que a criação da Semana da Reciclagem é fazer aquilo
que vinha sendo feito e que foi abandonado, foi desmontado. Isso é lamentável,
porque os atos falam mais do que a consciência. E os atos do atual Governo não
recomendam muito bem também nesta área, porque Porto Alegre foi pioneira nos
serviços de reciclagem de resíduos sólidos, na organização da coleta, criou
escola em todo o Brasil, serviu de modelo, foi paradigma. No entanto, a maior
parte das coisas foi praticamente desmontada; é só ouvir a manifestação, as
queixas, as opiniões dos trabalhadores dos galpões de reciclagem, dos que
coletam o lixo.
Nós
tivemos até, numa época desse Governo, um Secretário que vendia o lixo, vendia
o material. É um dos que não estão mais no DMLU. E por falar em DMLU, está
anunciado para os próximos dias que as empresas Cavo e Vega irão iniciar os
serviços de varrição e coleta na Cidade. Este é um assunto que precisa ser
retomado e debatido por esta Casa, porque é bom lembrar àqueles que fazem
questão de esquecer que, há um ano, a licitação anterior foi anulada na Justiça
por ação popular movida por este Vereador. É uma situação que, até hoje, é
completamente obscura, porque um dos diretores, afastado na época, foi
readmitido alguns meses depois pela PROCEMPA, com um salário expressivo, e, no
último período, tem exercido a função de coordenador da reforma dos postos de saúde,
e não poucas vezes tem humilhado os servidores do Município, com um verdadeiro
assédio moral, tem tratado de forma inaceitável alguém que sequer deveria
estar no Governo, alguém que foi afastado e disse que havia corrupção no
Governo...
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Ver.
Todeschini...
O SR. CARLOS TODESCHINI: Isso é Pauta,
porque é a questão da limpeza urbana.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Orçamento.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Limpeza da
Cidade, em que os recursos estão diminuídos...
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Então, vamos
falar dos recursos.
O SR. CARLOS TODESCHINI: ...estão num
verdadeiro processo de desmonte.
Da mesma forma, os programas prometidos pelo
Prefeito para melhorar a segurança pública na Cidade não aconteceram, não
passam de janelas. Aliás, este Governo deveria se chamar um grande windows, porque
são só janelas e janelas, e, de efetivo, nada.
Fui procurado, e tive vários casos de denúncia,
porque alguns bairros da Cidade não têm um policial, não têm um Agente de
Segurança, não têm um Guarda Municipal, não têm absolutamente nada, e os
marginais andam com chaves especiais para arrombar os carros. E, naquela área
coberta pelos policiais, no Menino Deus, que não tem policiamento nenhum - e
até não dá para culpar a polícia; é um verdadeiro desmonte na Segurança Pública
-, nós não vemos uma única atitude do Governo Municipal e nenhum gesto também
na Peça do Orçamento, o que deixa a população completamente desprotegida,
completamente à mercê dos furtos, dos arrombamentos, das ações inclusive
violentas. Nós devemos aprovar, nos próximos dias, o Projeto de Ações
Integradas, e, quem sabe, isso canalize para uma ação mais objetiva algumas
atitudes do Poder Público Municipal também, porque não dá mais para agüentar a
situação do jeito que está. Eu recebi, somente esta semana, quatro denúncias
relativas ao bairro Menino Deus, de roubo, de furto, de assalto à mão armada e
de ações, principalmente contra mulheres, contra senhoras, que são o público
típico que habita, que trabalha, que freqüenta o bairro Menino Deus. Esse
Bairro não é o único que tem problemas gravíssimos de segurança, mas é um deles
que está aqui à nossa porta. E as atitudes do Governo são da mais completa
indiferença; ainda que tenham sido propagandeadas por vários candidatos, várias
propostas, várias ações foram projetadas e não faltou apoio desta Câmara,
porque nós aprovamos a questão da Ouvidoria da Guarda Municipal, da
possibilidade do armamento, da preparação, e, portanto, a Guarda Municipal
poderia ter uma ação mais larga. Ou é possível admitir, por exemplo, que um
carro é arrombado em frente a um guarda do DMAE, um vigilante, e este acha que
o problema não é dele, porque o veículo está estacionado no meio-fio da rua?
Não, isso é inaceitável, porque o problema de segurança é um problema, sim, da
União, uma questão principalmente do Estado e também do Município, e, cada vez
mais, será do Município. No entanto, as atitudes continuam sendo reduzidas e
insignificantes, Ver. Adeli, indiferentes. E aí a população, aqueles que nos
procuram dizem: “como é que eu fico? Onde estão meus direitos de cidadão? Vou à
delegacia e só ouço: Não tenho policiais, não tenho viaturas, não tenho
agentes. O teu caso não pode ser tratado, porque não temos investigadores.
Temos milhares de processos aqui, e nenhum deles deu conta”. Portanto, é muito
ruim. É lamentável que isso continue acontecendo.
Socioambiental: o
Programa mais importante de Porto Alegre - 290 milhões de reais. Eu queria
corrigir aqui a fala do Professor Garcia, porque a contrapartida, o desembolso
do Município será de 53 milhões. Os demais recursos são Caixa Econômica
Federal, PAC e BID; não são 70 milhões como aqui foi anunciado, são 53 milhões
do Município, o que, num prazo entre cinco e 10 anos, representam uma
importância não-significativa. A equação financeira é muito boa. O que devemos
lamentar é a redução do Projeto, que retira, conforme concepção inicial, o
Parque Natural do Arroio do Salso e o reassentamento das 250 famílias da Vila
dos Sargentos. Esse, sim, é o prejuízo, tanto que o Projeto sofre uma redução,
com um prejuízo significativo à área ambiental e um prejuízo à área social, com
a situação dessas famílias.
Para finalizar, é lamentável que, dos 87 milhões
arrecadados com a folha, 45 já foram gastos na sexta-feira para pagar pequenas
contas em bancos. Isso é proveniente do dinheiro tirado do lombo do
funcionalismo, que poderia alimentar, talvez, um plano de obras, que poderia
recuperar a saúde integralmente, que poderia realizar ações de importância para
a sociedade e já é malgasto na primeira semana que entra em caixa. Isso é
lamentável para Porto Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Está concluída
a discussão preliminar da Pauta Especial.
Passamos à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº
7948/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 080/07, de
autoria da Verª Maristela Maffei, que concede o troféu Honra ao Mérito ao
Consórcio União da Bacia Urbana Sudeste Leste – Unibus.
2ª SESSÃO
PROC. Nº
1619/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 050/07, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que altera os arts. 3º e 4º da Lei
nº 4.629, de 23 de novembro de 1979, e alterações posteriores, que dispõe sobre
a concessão de reajustes tarifários para os serviços de táxis e táxis-lotação,
estabelecendo limites percentuais, nos quais deverão ser fixadas as tarifas do
serviço de transporte individual de passageiros (táxi).
PROC. Nº
4018/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 019/07, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que altera o art. 65 e inclui § 9º
no art. 67 e § 3º no art. 67-A da Lei Complementar nº 7, de 7 de dezembro de
1973, e alterações posteriores, que institui e disciplina os tributos de
competência do Município, estabelecendo prazos para decisões sobre consultas,
reclamações e recursos e para julgamentos de recursos de que trata essa Lei
Complementar.
PROC. Nº
5741/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 177/07, de autoria do Ver. José
Ismael Heinen, que altera o inc. I do § 3º e inclui §
5º, ambos no art. 48 da Lei nº 8.133, de 12 de janeiro de 1998, alterada pela
Lei nº 8.323, de 7 de julho de 1999 (que dispõe sobre o Sistema de Transporte e
Circulação no Município de Porto Alegre, adequando a legislação municipal à
federal, em especial, ao Código de Trânsito Brasileiro e dá outras
providências), dispondo sobre a sinalização das vias que compõem o entorno dos
quarteirões onde se localizam os estabelecimentos públicos e particulares de
ensino, e revoga a Lei nº 10.198, de 11 de junho de 2007.
PROC.
Nº 7042/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 210/07, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Irmão Nicolás Rubio o logradouro
público não-cadastrado, conhecido como Rua 6422, localizado no bairro Ponta
Grossa. (Este projeto com parecer favorável das Comissões
Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento
de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC. Nº
7148/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 225/07, de autoria do Ver. Ervino Besson, que denomina Rua Jessé Silva o
logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 6421, localizado no
bairro Ponta Grossa. (Este projeto com parecer favorável das Comissões
Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento
de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC. Nº
7336/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 234/07, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Max Breuel o
logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 6423, localizado no bairro
Ponta Grossa. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas
quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros
da Câmara.)
PROC. Nº
7519/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 238/07, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Vitoldo
Francisco Krolikowski o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua
6418, localizado no bairro Ponta Grossa. (Este projeto com parecer
favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado
aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC. Nº
8030/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 022/07, que cria 01 (uma) Função Gratificada junto ao Quadro do Magistério
Público Municipal, e dá outras providências.
PROC.
Nº 0006/07 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 006/07, de autoria do Ver. Carlos
Comassetto, que concede o prêmio Quilombo dos Palmares à Sociedade Recreativa
Beneficente e Cultural Academia de Samba União da Tinga, na modalidade atuação
na área artístico-cultural, à Yalorixá Vera Beatriz Soares, na modalidade
atuação na área afro-religiosa, e ao Centro Ecumênico de Cultura Negra – Cecune
–, na modalidade atuação política e social.
3ª SESSÃO
PROC. Nº
6390/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 189/07, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que determina que as coberturas dos
Telefones de Uso Público – TUPs –, conhecidos como orelhões, se constituam de
material transparente e dá outras providências.
PROC. Nº
7165/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 227/07, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que institui o Serviço Municipal
de Informação Sexual para Jovens, que disponibilizará informações sobre saúde e
educação sexual a jovens acima de 12 (doze) anos de idade, e dá outras
providências.
PROC. Nº
6740/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 197/07, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que proíbe o uso de aparelhos de
telefone celular durante as aulas, nas escolas públicas da Rede Municipal de
Ensino, e dá outras providências.
PROC. Nº
7034/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 209/07, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que institui o Mês do Idoso, a
ser comemorado anualmente, entre os dias 21 de setembro e 20 de outubro, que
passa a integrar o Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre,
e dá outras providências.
PROC. Nº 4476/07 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 140/07, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que proíbe, no Município de Porto
Alegre, a exigência de cheque-caução, depósito em dinheiro ou qualquer outro
tipo de garantia para possibilitar a internação, nos hospitais da rede privada,
de pacientes em situação de urgência e emergência que possuam Plano de Saúde e
dá outras providências.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ADELI SELL: Verª Maristela
Meneghetti, dirigindo os trabalhos desta tarde; colegas Vereadoras e
Vereadores, eu não posso me furtar de todo e qualquer debate sobre circulação e
transporte na Cidade, meu caro Ver. Elói Guimarães, que já foi Secretário
Municipal desta Pasta. O Ver. José Ismael Heinen, da situação, quer adequar a
legislação municipal à federal, em especial ao Código de Trânsito Brasileiro,
dispondo da sinalização das vias que compõem o entorno dos quarteirões onde se
localizam estabelecimentos públicos e particulares de ensino e revoga a Lei
Municipal de junho deste ano.
Ora, vejam só, se a EPTC existisse, provavelmente
não haveria essa discussão, porque, se a EPTC existisse, nós teríamos as faixas
de segurança pintadas, não só pintadas na frente de escolas ou nos quarteirões
da sua proximidade. E também não significa que, em todas as escolas e no seu
entorno, necessitemos de faixas pintadas, porque eu conheço, por exemplo,
escolas que estão em vias completamente secundárias, com pouquíssima
circulação, que não-necessariamente têm que ter uma pintura na frente e no seu
entorno. Na frente da escola, regra geral, se precisa, e normalmente tem até
uma faixa de segurança, mesmo que apagada, até porque a EPTC, que deveria ter
tido o cuidado, na licitação, de fazê-la com a tinta tradicional, que é a
Termoplast, optou por fazer com tinta diferente, ou seja, com uma tinta fria. E
só tem numa empresa de São Paulo, e é claro que as duas empresas daqui e as 11
do País entraram com um processo na Justiça e impediram a licitação. Por
desleixo, má-gestão e também por causa desta questão que eu denunciei aqui,
tempos atrás, nós temos esta situação.
E vem um Vereador da situação fazer um Projeto de
Lei que, na verdade, deveria ter uma discussão com o Executivo. Não cabe um
Projeto de Lei, não cabe adequar o Código de Trânsito à municipalidade. Ou o
Código de Trânsito brasileiro é válido em Porto Alegre, ou ele não é válido em
Porto Alegre. Não existe isso. É um Projeto, inclusive, completamente
inconstitucional. O que se tem que fazer é exigir o cumprimento do Código de
Trânsito Brasileiro do o Secretário Luiz Afonso Senna, doutor em Londres, que
sabe tudo de trânsito, na teoria, como disse um homem de televisão ontem, no
ar. E não é o primeiro jornalista que eu ouço dizer isto, publicamente: na
teoria, ele é doutor, mas, na prática, analfabeto total. Isso é visto por aqui.
Por isso o Ver. José Ismael Heinen vem aqui, com
todo esse vigor, apresentando um Projeto de Lei, inclusive inconstitucional.
Por isso nós temos de discutir essa questão.
Como a EPTC não existe, o Ver. Márcio Bins Ely,
também da base do Governo, vem com outro Projeto de Lei, que “altera e dispõe
sobre a concessão de reajustes tarifários para o serviço de táxis e
táxis-lotação, estabelecendo limites percentuais, nos quais deverão ser fixadas
tarifas do serviço de transporte individual de passageiros”.
Eu li o Projeto, eu conheço a posição do Sindicato;
ele tem tudo a ver, só que não somos nós que temos que fazer isso. A Lei diz
que os aumentos tarifários, etc. e tal, são de competência do Executivo.
Então, muito bem, Ver. Márcio Bins Ely: a EPTC, não
existindo, V. Exª tem de inventar o Projeto de Lei como o Ver. José Ismael
Heinen também tem que inventar um Projeto de Lei, porque a EPTC não existe. Se
ela existisse, nós não teríamos essa discussão. Inclusive eu, ao teor sobre das questões que são levantadas
aqui, sou favorável. Agora, eu não posso ser favorável a um Projeto de Lei
inconstitucional. Portanto, nenhum dos Projetos terá meu voto. Eu sou claro e
sincero. Não adianta aprovar Projetos, aqui, para estar de bem com o Vereador,
e aí o Prefeito se dá ao direito de vetar - ou melhor, ele tem o direito de
vetar. Eu, inclusive, tenho muito cuidado em apresentar Projetos de Lei, porque
eu acho que a gente tem que apresentar algo consistente, com base na
Constituição Federal, na Constituição Estadual e dentro da Lei Orgânica do
Município, inclusive respeitando o Regimento. Mas, como aqui é um laisser-faire,
faz-se o que se quer; tudo é possível. Mas, da minha parte, não terão apoio.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Adeli.
O
Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver.
José Ismael Heinen está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver.
João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver.
João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. GUILHERME BARBOSA:
Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; colegas Vereadores e Vereadoras,
alguns colegas comentaram - e, na segunda-feira passada, eu também estive
debatendo -, sobre o Projeto do Ver. Márcio Bins Ely com relação à tarifa de
táxi, com a proposta de manter uma proporção, de forma permanente, entre a
tarifa do ônibus e a tarifa de táxi. Eu lembro, inclusive, que, na Sessão
passada, na segunda-feira, alguns Vereadores chegaram a questionar e levantar
isso como um problema de incoerência da nossa Administração, no sentido de que,
em algum momento, - e isto é verdade - quis reduzir a tarifa dos táxis-lotação,
e a SMT, à época, não deixou. Realmente, isto aconteceu. E o que parece ser um
absurdo, na verdade não é, porque um sistema de transporte coletivo tem que ser
complementar nos seus vários elementos. O centro do transporte coletivo na
Cidade, já que não temos ainda - e estou esperançoso de que vamos ter - uma
primeira linha de metrô, é o ônibus. Este é o centro. Complementando esse
sistema, vêm, então, o táxi-lotação e os táxis. Ora, na medida em que se
aproximarem bastante a tarifa do táxi e do ônibus, isto fará com que os
passageiros do ônibus passem a usar mais - ou pelo menos queiram usar mais - o
táxi-lotação, que tem um número restrito de veículos. E isso iria, ao longo do
tempo, enfraquecer a parte central do sistema, que são os ônibus, o que, a
médio e longo prazo, significaria o enfraquecimento de todo o sistema. Então,
essa é a explicação. Aquilo que parecia um absurdo, não é.
Eu
dou um exemplo de outra região do nosso Estado, que é a Região Metropolitana,
com a atual Linha 1 do Trensurb, que vai até São Leopoldo e que se pretende que
vá até Novo Hamburgo. Não se conseguiu, na articulação com as empresas de
ônibus, fazer com que deixássemos de ter a situação que temos hoje, que é os
ônibus andarem paralelamente ao trem. Isto é um absurdo! A Linha 1 do metrô, no
seu projeto inicial, previa que o Trensurb iria transportar 400 mil pessoas por
dia. Hoje, na verdade, transporta 140 mil pessoas - o que é importante, 140 mil
pessoas é muita gente, mas como não chegou àquele patamar do projeto, o Governo
Federal tem que colocar, todo ano, em torno de 40 milhões de dólares para a
viabilidade da Linha 1 do Trensurb. Por quê? Exatamente porque há a competição
direta entre o trem e os ônibus. O trem deveria ser a linha principal, e os
ônibus seriam alimentadores do trem. Isto deveria ser feito, mas isso não
aconteceu na Linha 1. Então, por essa razão é que, anteriormente, se pretendia
baixar a tarifa do táxi-lotação e não se fez.
Eu
fiz todo esse intróito - longo, reconheço - para dizer que tenho uma
preocupação - não sou especialista da área, preciso estudar mais este tema, mas
isso eu aprendi com as pessoas da área: nós temos que verificar bem se é
interessante que se estabeleça essa relação fixa entre o táxi e o ônibus, e, se
for interessante que essa relação fixa permaneça, eu não sei se é realmente
entre 75% e 85% como está propondo o Ver. Márcio Bins Ely.
Portanto, aqui expresso uma opinião ainda
preliminar, porque preciso estudar mais. O Projeto traz essas preocupações, mas
é um tema importante. Eu só não gostaria - não é o Projeto, de forma nenhuma -
que nós trouxéssemos para a Câmara, de novo, porque é uma situação muito maluca
a que já aconteceu na Cidade quando a Câmara de Vereadores estabelecia a tarifa
dos ônibus. Que nós nem pensemos nisto. Não é o Projeto do Ver. Márcio, eu só
estou fazendo este comentário.Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Ver.
Aldacir Oliboni, Presidente; colegas Vereadores e Vereadoras; senhoras e
senhores, quero trazer aqui para discussão, hoje, um Projeto que está em Pauta
e que, por nossa sugestão, este ano concede o Prêmio Quilombo dos Palmares -
Prêmio instituído na cidade de Porto Alegre para valorizar justamente a luta
pela afirmação da cultura afro-brasileira. E esta Casa tem-se destacado nesta
gestão por termos feito a construção e a afirmação da política afro-brasileira.
Nesse sentido, eu cumprimento o Sr. Nilo Santos, que está aqui, Presidente e
Coordenador do Satélite Prontidão, bem como a Claudete, que participa e
coordena o Fórum das Religiões de matriz africana.
Quero
dizer que a nossa sugestão para este ano, no que se refere a este Prêmio
Quilombo do Palmares, que é entregue numa Sessão Solene, que acontece
anualmente nesta Casa na Semana da Consciência Negra, no dia de 20 de novembro,
é que o prêmio, na ordem cultural, seja dado à Academia de Samba União da
Tinga. Por que à União da Tinga? Porque é uma das pequenas escolas da nossa
Cidade, do grupo de acesso lá da comunidade da Restinga, que luta para se
manter viva e para fazer essa afirmação com trabalhos sociais e culturais
naquela comunidade, sempre firmando e afirmando que a comunidade tem que estar
presente em todos os momentos da sociedade, e não só no carnaval. Por essa
razão, nós estamos sugerindo que seja dado o Prêmio Quilombo dos Palmares, na
categoria cultural, à União da Tinga.
Na
modalidade da área artístico-cultural, nós estamos sugerindo que seja dado à
Yalorixá Vera Beatriz Soares. Por que para a Vera Beatriz Soares? Porque a Vera
Beatriz tem se destacado justamente na construção e na manutenção do Fórum de Religiões de Matriz Africana e também
coordena o Fórum em Defesa do Largo Zumbi dos Palmares, sobre o qual todos nós
temos debatido, temos discutido no sentido de manter aquele espaço cultural da
cidade de Porto Alegre como uma afirmação cultural na região Central do nosso
Município, como Área Especial de Interesse Cultural dos Quilombos Urbanos -
Largo Zumbi dos Palmares.
E
na categoria afro-religiosa e cultural, que o prêmio seja dado para o Centro
Ecumênico de Cultura Negra, o Cecune. Todos nós conhecemos o Cecune, na atuação
política e social, como um grande coral que mantém viva a musicalidade através
do seu conjunto de vozes, fazendo sempre um resgate das raízes, desde a mãe África
até o Brasil, cantado e transmitido por meio do seu conjunto vocal, com uma
beleza plástica fantástica, magnífica; o Cocune tem vindo a esta Casa, sempre
atendendo aos convites, nas diversas oportunidades, para abrilhantar a
afirmação das raízes da cultura afro-brasileira.
Portanto,
a nossa sugestão nas modalidades: atuação política e social, para o Cecune -
Centro Ecumênico da Cultura Negra; atuação na área afro-religiosa, para a
Yalorixá Vera Beatriz Soares; e, na área artístico-cultural, para a Sociedade
Recreativa Beneficente e Cultural Academia de Samba União da Tinga. Neste
sentido, fazemos essa sugestão a esta Casa e colocamos esses Projetos para a
discussão. Agradeço pela oportunidade, Sr. Presidente, para colocar aqui, para
a Semana da Consciência Negra deste ano, essas homenagem à afirmação da cultura
afro-brasileira.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni):
Apregoamos a Emenda de Liderança nº 01 ao PLL nº 020/07, proposta pelo Ver.
Adeli Sell, que cria o Programa Municipal de Prevenção, Redução e Compensação
de Emissões de Dióxido de Carbono (CO²) e demais Gases Veiculares de Efeito
Estufa e determina a criação de fundo municipal para a redução de CO² e demais
gases veiculares de efeito estufa e dá outras providências.
Dá
nova redação ao Art. 5º do Projeto de Lei nº 020/07, conforme segue:
“Art.
5º - A receita oriunda da aplicação desta Lei deverá ser destinada à Prevenção,
Redução e Compensação de Emissões de Dióxido de Carbono (CO²) e demais Gases
Veiculares de Efeito Estufa.”
O
Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY:
Excelentíssimo Sr. Presidente, Ver. Oliboni; na pessoa de V. Exª, quero
cumprimentar os demais Vereadores e Vereadoras desta Casa, o público que nos
assiste nas galerias, através da TVCâmara, as senhoras e os senhores. Eu
gostaria de fazer uma saudação especial à presença do Secretário Idenir
Cecchim, no Plenário, e do Secretário-Adjunto de Juventude, Paulo Pruss, que
também participa hoje dos trabalhos. Faço uma saudação também aos Conselheiros
Tutelares eleitos que hoje se fazem aqui presentes: o Rafael Fleck, o André
Flores e o Mumu, que se elegeram na última eleição e que estão acompanhando a
questão da nomeação dos Conselheiros Tutelares ou da prorrogação do prazo dos
mandatos dos Conselheiros Tutelares.
Venho
a esta tribuna, Sr. Presidente, em Pauta, para debater dois Projetos de Lei de
minha autoria, que tramitam, respectivamente, em 2ª Sessão e em 3ª Sessão de
Pauta. Vou iniciar fazendo aqui uma intervenção a respeito do Projeto de Lei n°
140, de 2007, de minha autoria, que proíbe, no Município de Porto Alegre, a
exigência de cheque-caução, depósito em dinheiro ou de qualquer outro tipo de
garantia para possibilitar a internação, nos hospitais da rede privada, de
pacientes em situação de urgência e emergência que possuam plano de saúde e dá
outras providências.
Eu gostaria de tecer alguns comentários sobre o
segundo Projeto, de minha autoria, e que já foi elogiado pelos Vereadores que
me antecederam. Data venia, quero fazer um registro e agradecer pela
intervenção do Ver. Guilherme Barbosa e do Ver. Adeli Sell, que se manifestaram
no sentido de que possamos ter um equilíbrio entre os modais de transporte na
nossa Capital e que não se precise fazer um debate pontual que cause desgastes
a esta Casa - como havia, em outras épocas, quando eu ainda não era Vereador.
Aliás, por ser o Vereador mais jovem desta Casa e estar no primeiro mandato,
estou querendo dar essa minha contribuição, mas no sentido de que haja um
equilíbrio, que os aumentos sejam proporcionais dentro de modais, tanto ônibus
como táxi-lotação e que, nesse assunto, cada vez que houver necessidade, não se
tenha que entrar num debate, num desgaste, e se possa fazer, então, uma
vinculação automática.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Agradeço,
Ver. Ervino, por sua intervenção. Tenho percebido a representação dos taxistas,
que têm inclusive acompanhado os debates nesta Casa; registro, também, hoje, a
presença da família taxista, que tem, ao longo das três últimas semanas, pelo
menos, percorrido todos os gabinetes, no sentido de que possamos consolidar
essa legislação, e agradeço todos que, de uma maneira ou outra, se manifestaram
no sentido de apoiar essa nossa iniciativa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada,
Ver. Márcio.
A Verª Margarete Moraes está com a palavra para
discutir a Pauta.
A SRA. MARGARETE MORAES: Verª
Maristela Meneghetti, na presidência dos trabalhos; Vereadoras e Vereadores, eu
quero fazer algumas observações muito rápidas a respeito de Projetos que estão
em Pauta e que considero importantes. O primeiro, do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina a Rua Irmão Nicolás Rubio um logradouro público não-cadastrado,
etc. Eu quero dizer que é muito justa essa homenagem do Ver. João Carlos Nedel,
porque conheci o Irmão Nicolás Rubio, logo que vim para Porto Alegre.
Trabalhei, no 2º Grau, no Colégio Champagnat, onde o Irmão Nicolás era o
Diretor. Eu logo fiz concurso, tive que sair, e fiquei uns quatro anos lá, mas
guardei uma lembrança muito boa daquela Escola, por ser uma escola democrática,
que ajudava os alunos a reconhecerem o seu potencial, as suas idéias; que
desenvolvia talentos especiais em cada aluno. A direção do Irmão Nicolás era
muito importante naquele momento.
Depois, eu quero saudar o Projeto de Resolução nº
006/07, da Mesa, por uma sugestão do Ver. Carlos Comassetto, que concede o
Prêmio Quilombo dos Palmares à Sociedade Recreativa Beneficente e Cultural
Academia de Samba União da Tinga. É uma Escola que surgiu de uma dissidência do
Estado Maior da Restinga; hoje está no grupo de acesso do nosso carnaval. E o
grupo de acesso passa, por si só, muitas dificuldades, está-se reorganizando,
“saindo das cinzas”, e merece, certamente, o apoio e o reconhecimento desta
Casa assim como as outras escolas que estão tentando passar para a categoria
especial em 2008; isso na modalidade Atuação na Área Artístico-Cultural. O Ver.
Comassetto é profundamente identificado com aquele território da Restinga, com
a Região da Zona Sul; portanto, eu considero muito justa e muito sincera esta
referência.
Depois, ele concede o Prêmio à Yalorixá Vera
Beatriz Soares, na modalidade Atuação na Área Afro-religiosa. Todos nós que
conhecemos a Vera Soares reconhecemos nela uma grande autoridade, que não vem
de nenhum cargo, mas que vem da sua essência, da sua postura, no dia-a-dia, da
sua tranqüilidade, da sua calma, ouvindo todas as pessoas, inclusive as idéias contraditórias, contrárias às suas, mas
sempre se postando com muita firmeza na sua luta pela igualdade racial. Então,
se nós queremos igualdade racial, nós temos que reconhecer também as religiões
afro como é caso aqui apresentado.
E
a terceira homenagem, a 3ª Comenda Quilombo dos Palmares, é para o Centro
Ecumênico de Cultura Negra - Cecune -, na modalidade Atuação Política e Social.
Também conheço esse trabalho desde a época que eu era Secretária da Cultura; é
um grupo de personalidades, de jornalistas, de artistas, de trabalhadores que
se uniram e fizeram um coral; não apenas isso, gravaram um CD mais ou menos
naquela modalidade do final dos anos 70 nos Estados Unidos, quando se descobriu
e se expressou pela primeira vez: “O negro é lindo”. Então, com todo aquele
visual - como disse o Ver. Comassetto - plástico que nos remete à África, pela
primeira vez, eles apareceram em Porto Alegre com esse orgulho: “Eu sou negro e
tenho orgulho disso”. E também quero dizer que o Cecune tem um convênio, é
reconhecido pelo IPA e ajuda na seleção das bolsas de estudo que o Instituto
Porto-Alegrense opera em relação a cotas para a comunidade negra. Portanto, são
três prêmios da maior relevância que eu destaco aqui, e tenho certeza de que
falo em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores. Parabéns, Ver. Carlos
Comassetto.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Verª Margarete Moraes.
Apregôo
o Memorando n° 411: “Informamos que o Ver. Newton Braga Rosa estará
representando esta Câmara na solenidade de inauguração do Centro de
Desenvolvimento Tecnológico Farmacêutico – CDTF -, a realizar-se no dia 31 de
outubro de 2007, às 17 horas, no Anfiteatro Alfredo Leal, Av. Ipiranga, 2752,
nesta Capital”. Subscreve esta Vereadora, no exercício da presidência.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ADELI SELL: Verª
Maristela Meneghetti, na presidência dos trabalhos; colegas Vereadores e
Vereadoras, eu esperava a Bancada do Governo vir aqui falar, explicar, porque,
afinal de contas, tivemos uma Audiência Pública hoje a respeito do PREVIMPA,
onde foi proposto um Conselheiro biônico, e houve críticas, vaias de um
plenário lotado, e o Governo não veio se explicar. Eu quero fazer algumas
outras perguntas, porque, afinal de contas, perguntar não ofende. Eu quero
saber o que tem de realidade - e quero que a Verª Maria Luiza e o Ver. Nilo me
ajudem nessa questão; eu confio em V. Exas para verificar - nesse
folheto que vou lhes entregar, que está sendo entregue na Rua da Praia por uma
determinada associação - que eu conheço muito bem -, anunciando o sorteio de
casas para os ambulantes daquela feira da Rua da Praia. Então, eu vou entregar
em suas mãos, porque eu sei que V. Exas vão atrás e vão dar uma
resposta. Este Plenário e os 150 ambulantes - sei lá quantos existem naquela
feira - precisam ter uma resposta a respeito dessa questão.
Eu
também, Ver. Sebastião Melo - como perguntar não ofende -, gostaria de saber se
V. Exª verificou, nos últimos dias, o site da CARRIS. Está sendo feita
uma obra ali na CARRIS, badaladíssima, nos fundos do terreno, que seria dada a
uma associação de funcionários. Pelo que eu sei, a associação de funcionários
não existe, o pessoal que era da associação fugiu, deixou o comércio da Cidade
com grandes débitos. Eu gostaria que V. Exª acessasse o site da CARRIS e
nos desse algumas informação a respeito dessa questão. E eu tenho sido
acionado; afinal de contas, como informação não é uma coisa muito corriqueira
na atual Administração, quem sabe os Vereadores da base do Governo... Afinal de
contas, o Vereador Sebastião era um duro crítico, fazia muitas cobranças aqui.
Eu creio que V. Exª, que é um trabalhador, tenho certeza, irá atrás dessas
questões.
Eu
também fico impressionado com o fato de ter havido hoje uma fluência de
Secretários aqui. O Secretário Cecchim tem toda uma lógica, toda uma
justificativa, tem dialogado com esta Casa, tem recebido, inclusive, elogios da
situação e da oposição; é um homem de diálogo. Agora, quero saber o que o
pessoal da Secretaria da Juventude estava, hoje, demandando aqui. Estão nos
devendo explicações. Estava o Subsecretário; estava outro sujeito dessa
Secretaria, que sei que é CC e que se elegeu Conselheiro. Não deveriam estar
trabalhando para cuidar do ProJovem e acertar as contas e vir aqui prestar
contas? Estavam aqui passeando na Casa do Povo com o dinheiro que nós pagamos
para os CCs deles. Essa Secretaria não tem nenhuma justificativa; não tem
nenhum projeto de maior magnitude, até porque a questão do Conselho Municipal
da Juventude demorou a chegar aqui - três anos -, e, se houvesse tanto
interesse público e tanto interesse da Secretaria, teriam vindo antes. Mas
explicação, que é bom, não tem. Então, tenho o dever de perguntar isso em nome
da municipalidade de Porto Alegre, que pergunta e que quer saber essas
questões. Afinal de contas, gostaríamos de ter respostas. Como o Governo não
responde - ouçam e anotem -, nós vamos começar a buscar guarida no Ministério
Público para os Pedidos de Informações que não estão sendo respondidos; vai
haver processo, vai haver condenação. Não brinquem conosco, nós sabemos
trabalhar, nós conhecemos a legislação, e não venham nos enrolar. Ontem, eu fiz
um Pedido de Informações importante para a Secretaria do Meio Ambiente; a
resposta que eu recebi é a Lei que fala da questão. Isso é um desrespeito,
porque eu sei a legislação; se eu não soubesse da legislação, não teria feito o
Pedido de Informações. Vamos nos respeitar, porque aqui nós temos imunidade
parlamentar, nós fiscalizamos; quem tem que se explicar é o Governo e o
Secretário; no caso, o Secretário Beto Moesch. Que se prepare o Secretário
Mauro Zacher para vir dia 8 aqui, porque não vai fazer o que fez na eleição
passada. Falei com uma candidata a Vereadora da região, e ela me contou as
barbaridades que aconteceram na última eleição. Sei também que o Secretário
está começando a aprontar; já ouvi comentários de que “eu espere para ano que
vem, que vai ter aquilo, não-sei-o- que-lá, etc. e tal, no ventilador”. Não
posso dizer as palavras aqui por decoro parlamentar; não vou amarelar, não vou
me dobrar como fizeram as pessoas na PUC, quando viram as correntes na sua
frente. Não vou amarelar! O povo não vai recuar; esse Secretário tem que se
explicar. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Ver. Adeli
Sell, obrigada. Mais uma vez, esclareço este Plenário que está marcado para o
dia 08 de novembro a visita do Secretário da Juventude, para prestar esclarecimentos
nesta Casa.
O Ver. Nilo Santos está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. NILO SANTOS: Exma
Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras; senhores e senhores que nos acompanham nesta tarde, eu venho
utilizar este espaço de Liderança para falar em nome da minha Bancada. Quero
saudar o nosso querido Ver. Elói Guimarães, nosso Senador! É Senador, é
Vereador, é uma maravilha! É a única Bancada que tem a honra de ter um Senador
fazendo papel de Vereador neste momento! Dr. Goulart, nosso grande Líder, não
desvalorizando outras Lideranças, mas, com certeza, um dos maiores Líderes que
um Partido pode ter; Ver. Brasinha, um Vereador popular; a nossa querida Verª
Maria Luiza e o Ver. Almerindo, Vereadores que compõem a nossa Bancada.
Hoje, neste espaço de Liderança, eu gostaria de
citar alguns trechos do discurso da nobre Verª Margarete Moraes, quando, na
segunda-feira, no discurso, de uma forma respeitosa, criticou o nosso Líder da
Bancada do PTB, o Ver. Dr. Goulart. A Vereadora
diz: “Nós queremos, com muito respeito, parabenizar o Ver. Nereu D’Avila, o
Ver. Luiz Braz, a Verª Maristela Meneghetti, mas nós temos a obrigação moral de
registrar a nossa inconformidade com o método que foi adotado nessa eleição hoje,
ou seja, nós acreditamos que cada Vereador ou Vereadora desta Casa tem a
obrigação de compreenderem se debruçar e analisar todas as questões relativas à
vida pública em Porto Alegre, a nossa Cidade. No caso de hoje, um dos
princípios fundamentais da democracia, sobretudo no Legislativo, é a
proporcionalidade. A maior Bancada desta Casa merecia, com certeza, o respeito
da Bancada governista para compor esta coordenação. Nós, com muita alegria e
satisfação, disponibilizamos o nome do companheiro Ver. Guilherme Barbosa,
engenheiro com experiência no próprio Plano Diretor, quando era Secretário de
Obras do nosso Governo...”
Eu quero dizer à Verª Margarete Moraes que concordo
com essas palavras, concordo
plenamente, principalmente quando cita a experiência do Ver. Guilherme Barbosa,
e, como somos vizinhos aqui de Bancada, admiro o trabalho dele, admiro-o como
pessoa, também, e admiro toda a Bancada. Mas a nobre Vereadora foi muito
infeliz quando decidiu atacar o nosso Líder de Bancada, o Ver. Dr. Goulart, até
mesmo porque ela disse: “Aliás, eu quero dizer ao Ver. Dr. Goulart - com todo o
respeito que tenho a ele - que fidelidade partidária é algo que não consta no
seu repertório”. Primeiro: com todo respeito, não se dirija ao nosso Líder
dessa forma, porque é indelicado; mesmo que pareça respeitoso, é indelicado.
Ela disse: “Não compreendemos por que ele não votou com o Presidente estadual
do seu atual Partido, ele já trocou de Partido, mas não conseguiu ser fiel ao
PTB, já não foi fiel ao PDT antes. Quero dizer ao Ver. Dr. Goulart que as Áreas
Especiais de Interesse Cultural foram baseadas na Carta de Veneza, que foi
chancelada pela UNESCO”. Ou seja, resumindo: o Ver. Dr. Goulart é um ignorante
no assunto, na área cultural. Eu quero dizer à Verª Margarete Moraes, até para
esclarecer, que o Dr. Goulart, na realidade, talvez tenha mais currículo do que
o seu mesmo, com todo o respeito, com todo o respeito, já que o respeito é
usado para dizer o que queremos.
O
Ver. Dr. Goulart é formado em Medicina, pela UFGRS, especialidade em
Ginecologia, Obstetrícia, Mastologia, por concurso; visitação ao PSF em Havana,
Cuba; pós-graduado em Literatura Brasileira, pela FAPA; Curso de Inglês,
formado pelo Cultural; Curso de Francês, na Aliança Francesa; aprovado na prova
de inglês para estudar nos Estados Unidos; Curso de Extensão de Arte; Curso de
Extensão em Poesia; agradecimento a Assis Brasil pela colaboração nas obras:
Videiros de Cristal e um Castelo no Pampa; contos publicados em jornais e
revistas; poeta com trabalhos publicados em jornais, revistas e antologias; seu
poema Camille Clodel foi traduzido para o espanhol pelo poeta Virgílio de
Havana; letrista de Cultura Popular do Carnaval; parceiro de poetas;
pesquisador de obras e vida do poeta e cronista Vinícius de Moraes; e segue uma
relação enorme aqui no currículo do Ver. Dr. Goulart.
Então,
eu quero pedir à Verª Margarete Moraes que, quando se dirigir ao Líder de um
Partido, tome cuidado para não cometer injustiça, porque a nossa Bancada do PTB
estará atenta a esse tipo de injustiça e usará este tempo, Verª Maristela
Meneghetti, para fazer os devidos esclarecimentos. E quero também, nesta tarde,
presentear a Verª Margarete Moraes com um CD que contém uma letra do nosso Ver.
Dr. Goulart. Se a letra foi escolhida é porque o Dr. Goulart tem cultura.
Simplesmente foi escolhida como uma das melhores dos 20 anos do Carnaval de
Porto Alegre, na sua gestão como Secretária da Cultura, Verª Margarete Moraes.
(Mostra o CD.) Eu gostaria de presentear Vossa Excelência, mas não sem antes
pedir o autógrafo do Ver. Dr. Goulart. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Apregoamos a Emenda nº 25, que realoca recursos do Programa
Gestão Total para o Programa Porto Alegre da Mulher, Projeto Ampliação na
Prevenção de Câncer de Colo de Útero, no valor de 50 mil reais.
Apregoamos
a Emenda nº 26, que realoca recursos do Programa Viva o Centro para o Programa
Governança Solidária Local, Projeto Auxílio Financeiro à Entidade, no valor de
100 mil reais, ambas de autoria do Ver. Elias Vidal ao PLE nº 021/07.
O
Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. MARIO FRAGA: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores; público que nos assiste pela TVCâmara; público presente nas
galerias, tenho a honra de falar em Liderança pelo meu Partido, o PDT. Sobre o
que foi falado aqui na tribuna a respeito do Secretário Beto Moesch, que não é
do meu Partido e nem tenho procuração para defendê-lo, quero dizer que a causa
que o Secretário defende não é de hoje, é de muito tempo. Mesmo ele não sendo
do meu Partido, eu faço este esclarecimento, pois devemos respeito ao
Secretário Beto Moesch.
Quanto
à Secretária de Educação, Marilú Medeiros - Ver. Nilo Santos, que tem nos
ajudado no Governo -, na próxima segunda-feira, dará uma Ordem de Serviço para
a construção de mais uma escola, Ver. Alceu Brasinha. Eu telefonei para a Chefe
de Gabinete da Secretária, para a Denise, para que ela traga o que a Secretaria
de Educação já fez em menos de três anos, principalmente, Ver. Alceu Brasinha,
nas creches que, no Governo do PT, estavam paradas. Eu tenho aqui seis creches que
estavam paradas no Governo do PT e que a Secretaria Municipal de Educação já
reativou - a Verª Sofia Cavedon sabe quais são, e V. Exª, inclusive, com todo o
respeito, tratou disso também, e até ajudou nosso Governo a reativar algumas.
Eu queria dar uma resposta ao Ver. Adeli Sell, mas
ele faz que não ouve. Há esses momentos aqui, mas eu quero que a TVCâmara
registre este ato da entrega, Ver. Adeli Sell, de todo o processo das
licitações da Tenda, inclusive autenticadas e assinadas por uma pessoa que V.
Exª conhece bem, que é o Sr. Nelson Molina Perez; as duas licitações do pregão
eletrônico, Ver. Adeli; faça a gentileza de receber das minhas mãos, para ser
tirada uma foto. Que V. Exª dê uma olhada para ver. (Faz a entrega do
documento.) Aí, sim, vamos acreditar em V. Exª, pois é fácil chegar aqui e
atirar para cima um monte de denúncias. E tem alguém preocupado: “Isso é
campanha política”. Nós, Ver. Elói, já sabemos disso, estamos a menos de um ano
da eleição, e fiz um apelo ao Secretário Mauro Zacher para que não saia de lá -
inclusive não seria eu a sair desta Casa -, porque ele tem feito um excelente
trabalho, chega a reunir 40 mil pessoas num fim-de-semana, jovens, com Dom
Dadeus Grings rezando uma missa no domingo de manhã. E agora, no último final
de semana, Ver. Guilherme Barbosa - sabe que tenho um grande respeito por V.
Exª -, eu estive presente no domingo à tarde, e havia cinco mil jovens no
Esporte Radical, que eram os esqueites na pista. É um trabalho que o Secretário
está fazendo e que, nos outros Governos - 16 anos -, não tinha. Não tinha
Secretaria da Juventude; a Verª Margarete lembra bem, às vezes não tem, então
não se pode criticar uma coisa que tem menos de três anos. V. Exª e todos os
Vereadores devem lembrar que, na minha outra passada por aqui, nós aprovamos a
Secretaria dos Esportes, demos um monte de tempo para ela vir se movimentando; tem
que haver um período para a Secretaria trabalhar. Agora, nós não temos nem dois
anos da Secretaria da Juventude, nova, e é essa pauleira toda! O Secretário
Mauro Zacher não vai desistir, vai continuar a fazer esse excelente trabalho.
E hoje, Presidente, eu entrego todo o Processo da
licitação. Eu quero ver o Ver. Adeli mostrar onde essa licitação está errada.
Como é que o Vereador chega aqui e fala que ela está errada, que os licitantes
são amigos do Secretário? Hoje nós trouxemos aqui um funcionário público de
carreira e o processo todinho assinado. É uma pena que a nossa Casa seja sempre
assim, mas eu falo para a televisão e para quem está me escutando: hoje pela
manhã, Verª Sofia, havia 500 funcionários aqui! Eles teriam que estar
trabalhando ou não? Eles teriam, mas eles estavam aqui por uma causa justa! No
entanto, hoje vem o Secretário-Adjunto, o Assessor do Secretário Mauro, e o
Adeli cobra! É uma barbaridade!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver.
Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; meus colegas Vereadores e colegas
Vereadoras; meu querido Ver. Adeli, eu participei, hoje, na sua inteireza, da
Audiência Pública e acho que ela foi importante. Mas acho que essa matéria é
uma matéria altamente complicada, que precisa ser analisada com muita
profundidade, minha querida Verª Sofia.
Eu quero colocar algumas questões para reflexão
coletiva, Verª Sofia: os Municípios do Brasil podem legislar sobre Previdência
Social? Pelo que eu saiba, não podem! Então, onde está a nossa divergência,
Ver. Adeli, quando nós estamos adaptando a Lei da Previdência Pública
Municipal, que vem do ano de 2002 e que já está sendo aplicada no que diz respeito
às Emendas Constitucionais nº 40 e nº 47? Até porque o meu Partido está no
Governo Federal, e quem propôs a Reforma Previdenciária, primeiramente, foi o
ex-Presidente Fernando Henrique, em 1998, que fez com que os Municípios
adotassem as Previdências Municipais, e agora vieram as Emendas de 2003 e 2005,
em que o PREVIMPA de Porto Alegre tem que fazer as suas adaptações. Agora, se
querem transformar, Presidenta, a adaptação de uma Lei Municipal a uma Lei
Federal numa disputa política, eu não vou entrar nessa. Ver. João Dib, Vossa
Excelência já foi Prefeito desta Cidade e sabe disto: previdência tem que ser
feita com profissionalismo, com cálculo atuarial. Eu estive aqui nesta tribuna,
junto, sim, com todos os Vereadores que lutaram para acabar com o Montepio.
Verª Sofia Cavedon, eu quero que V. Exª traga à Ordem do Dia o Projeto de Vossa
Excelência, porque não está correto que uma chapa ganhe a eleição e faça dez
votos a mais do que a outra, e que 100% dos Conselheiros façam, uma chapa única
e que não haja proporcionalidade. Isso está errado, Ver. Nereu. Eu ouvi, nesta
tribuna, um desfile de que todos têm que estar representados, mas quem ganha a
eleição leva os dez Conselheiros! Segundo diz o Diretor do PREVIMPA, 50% da
taxa de administração de 2% não está sendo gasto com a Administração, e a
Prefeitura está propondo que seja destinado a pagar pensões e aposentadorias.
Isso está errado? Claro que não! Ou por acaso alguém quer transformar esses 700
mil reais em disputa política dentro do Simpa? Está correto isso? Claro que
não! Portanto, Ver. Adeli Sell, aceito o desafio desse debate, com muita
tranqüilidade, porque dizem por aí que, quando as galerias batem palmas,
geralmente quem paga a conta é o povo. E a verdade é que eu respeito demais os
municipários - eles são permanentes, e nós somos transitórios -, mas, acima de
tudo, nós temos que examinar, nesta Casa, os interesses da cidade de Porto
Alegre, privilegiando, sim, um bom debate com os municipários, mas examinando o
conjunto da Cidade.
Por final, V. Exas sabem que, em decorrência de uma
representação que eu fiz, o Sr. Darci Barnach Campani foi condenado a devolver
um milhão e 300 mil reais aos cofres públicos. Pois, além dessa condenação que
veio do Tribunal de Contas, eu recebi, na semana retrasada - portanto, está à
disposição daqueles que quiserem acessar -, uma representação feita pelo
Ministério Público Estadual. Por intermédio de uma Ação Civil Pública, meus
caros Vereadores, os Promotores de Justiça Karin Sohne Genz e
André Felipe Camargo Alves estão pedindo a devolução de 3 milhões e 731mil
reais, fruto das ações da administração que vem da Frente Popular. É uma
Ação Civil Pública proposta contra o Sr. Darci e vários outros membros do
ex-Governo! Então, cá para nós, “vamos devagar com o andor, que o santo é de
barro”. Eu não estou falando aqui de coisas que vão acontecer; estou falando de
coisas que são reais, concretas, que foram fruto de um trabalho até coletivo,
que não foi apenas deste Vereador, mas foi do meu Gabinete e que fez com que o Tribunal
de Contas mandasse devolver um milhão e 300 mil reais. E, agora, o Ministério
Público está pedindo, inclusive, a indisponibilidade dos bens dos réus! Está
pedindo a devolução de 3 milhões, 731 mil reais, que, somados ao um milhão e
300 mil, pelos quais já foram condenados, totalizam 5 milhões de reais, Srs.
Vereadores. Isso é muito grave. Mas o Estado é democrático; eu não vou fazer
juízo de valor. No Tribunal de Contas, já houve condenação - há recurso -, e há
uma ação proposta pelo Ministério Público. É evidente que os réus terão todo o
direito de defesa; lá no final, haverá o julgamento, e, em sendo os réus
condenados, e a decisão transitar em julgado, o Município vai executar, vai
buscar o dinheiro para devolver à municipalidade os devidos recursos públicos.
Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
Sebastião Melo.
A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidenta,
Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, o tema que me
traz hoje, como Liderança do PCdoB, diz respeito às escolas especiais. Mas,
antes, eu não posso deixar de dialogar rapidamente com o nosso colega Ver.
Mario Fraga.
Ver.
Mario Fraga, o senhor deveria perguntar para a base da sua Prefeitura de quem
foi a culpa pelos municipários terem de vir aqui, em massa, hoje pela manhã? Ou
V. Exª acha que eles gostariam, cem por cento dos servidores, de não estar
trabalhando? Eles só estiveram aqui, porque encontraram guarida da Mesa desta
Casa, da Presidência desta Casa, a Verª Maria Celeste, para poder forçar a
discussão sobre o tema que aqui foi discutido! Eles estavam sendo patrolados
por um Projeto aqui protocolado, sem que houvesse nenhuma discussão com a
categoria! Então, qual é o problema? De quem realmente é a culpa? É isso que a
base do Governo tem de vir aqui responder.
Mas, como esse não é o tema que me traz aqui, e nós
vamos ter muito tempo para discuti-lo, eu quero falar de algo que está nos
preocupando muito, senhoras e senhores, que é a questão das escolas especiais em Porto Alegre, o que, provavelmente,
não é um problema apenas de Porto Alegre.
Saiu
hoje uma matéria no jornal Zero Hora, na página 37, que fala sobre as
dificuldades para incluir crianças com deficiências. Na verdade, o MEC tem
encaminhado um projeto em relação à inclusão, só que aí nós nos deparamos com
um problema muito sério: praticamente 70% da organização do projeto diz
respeito aos cadeirantes, às pessoas com deficiência visual e também às pessoas
que têm dificuldades auditivas, mas, quanto aos problemas de demência dessas
crianças, praticamente não se tem uma profundidade sobre esse tema. E nós
sabemos que o papel das escolas é promover o desenvolvimento intelectual,
social, de solidariedade, de livre expressão e respeito pelas diferenças. Esse
desenvolvimento engloba todos os alunos, inclusive os alunos que apresentem
alguma deficiência física, sensorial ou mental, e, para esses alunos, a
conquista e o desafio são permanentes. E muito já se tem investido, em âmbito
federal, na Educação Especial, com o Programa de Educação Inclusiva, que tem
como eixo o direito à adversidade, que disponibiliza equipamentos... Srª
Presidenta, eu, de fato, estou com dificuldade de continuar minha intervenção,
porque parece que o Plenário não está interessado no tema.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Por favor, há uma oradora na tribuna. Obrigada.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Mas,
voltando ao tema, Srª Presidenta, o Programa abrange também a implementação de
salas de recursos para a organização de oferta de atendimento educacional
especializado nos Municípios-pólo, visando a apoiar o processo de inclusão
educacional na rede pública de ensino. Mas nós também sabemos que essas ações
representam muito pouco para a demanda que temos. Faltam mais políticas
públicas de inclusão e promoção nas escolas de rede de ensino e falta de
investimento na formação de professores. A Escola de Educação Especial torna-se
propícia aos alunos que, em determinados momentos, necessitam de atendimentos e
condições diferenciadas como número reduzido de alunos por turma, profissionais
habilitados, currículos adaptados, equipes interdisciplinares, recursos
materiais e pedagógicos adequados, atendimento psicológico e psiquiátricos
regularmente.
Por
todos esses motivos, as escolas especiais tornam-se espaços de inclusão, e não
o contrário. É necessário que haja educação especial nas escolas de ensino
regular, mas, para tanto, não podemos permitir que fechem as escolas especiais
como está sendo proposto pelo Município e pelo Estado, pois nós temos casos de
estudantes que não conseguem progredir e acabam, muitas vezes, agravando suas
dificuldades.
Queremos,
então, nesse sentido, convidar toda a comunidade escolar para essa luta das
escolas especiais, e todos desta Casa, para conhecerem as dificuldades em criar
condições para ajudar um aluno especial a ter acesso à escolarização. No dia 4
de dezembro, às 9h, nesta Casa, com da CECE, haverá um debate importante onde
vamos discutir Tempo e Espaços Diferenciados: um Olhar na Educação Especial e
na comunidade escolar, em relação ao Projeto do MEC, da Inclusão, porque nós
achamos, sim, que a inclusão tem que ser ampliada, mas nós não podemos permitir
o retrocesso, que as conquistas das escolas especiais possam ser prejudicadas e
as escolas fechadas, conforme esse Decreto do MEC.
Portanto,
Srª Presidenta, é um tema importantíssimo para esta Casa, para a sociedade e
para a comunidade escolar. Nós estamos apresentando, com essa Audiência
Pública, uma alternativa para que todos nós possamos debater. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta,
Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
senhoras e senhores, hoje, mais uma vez, fui fazer uma visita ao Hospital
Parque Belém. Acredito que a maioria da nossa população ainda tem em mente a
figura de um hospital desatualizado, velho, arcaico, como já foi no passado o
Hospital Parque Belém. Quem vai hoje ao Hospital Parque Belém se surpreende,
porque, depois da reforma, o Hospital realmente oferece uma instituição de
saúde de primeiro mundo naquela região. Só que eu acredito que está faltando um
pouco de Poder Público para que nós possamos melhorar, através do Parque Belém,
aquilo que está acontecendo hoje na Zona Sul da Cidade.
Uma
ala do Hospital Parque Belém, Ver. João Dib, está toda pronta para um
pronto-socorro, com uma sala de operações, uma sala de politraumatizados com
aparelhagem completa, para que, naquela região da Cidade, funcione o
pronto-socorro. Se nós prestarmos bem atenção, nós temos um pronto-socorro na
Zona Norte da Cidade, temos o nosso Pronto Socorro Municipal; temos em várias
regiões, menos na Zona Sul da Cidade. São 350 mil pessoas que estão
praticamente abandonadas em relação a esse trabalho que deve ser executado por
um pronto-socorro. Lá, só faltaria, na verdade, o pessoal. Quanto custaria para
o Município começar, pelo menos, a atender naquelas instalações que já estão lá
colocadas, Ver. Dr. Goulart, V. Exª que é médico e conhece muito bem o local, o
Hospital Parque Belém? Com 100 mil reais mensais, os dirigentes do Parque Belém
dizem que podem começar a fazer o trabalho. É claro que, para fazer o
atendimento completo, seria necessário mais recursos, mas, para começar a fazer
o trabalho, seriam necessários, mais ou menos, 100 mil reais. Seria, no
Orçamento, cerca de um milhão e 200 mil reais. Ora, para que nós pudéssemos
dotar uma região toda como é caso da Zona Sul da Cidade, abrangendo Restinga,
Belém, Lami, todas aquelas regiões que estão ali em volta e que perfazem mais
ou menos cerca de 350 mil pessoas, de um pronto-socorro, valeria a pena nós sacrificamos
o nosso Orçamento, retirando um pouco de outros lugares para dar esse suporte
financeiro, a fim de que aquele Hospital pudesse ter essa oferta de trabalho
para a população. É claro que não basta só pensarmos no dinheiro; seriam
necessários atos administrativos.
A
Secretaria de Saúde do nosso Município, dirigida hoje pelo Dr. Eliseu Santos,
precisaria estabelecer um convênio com o Hospital Parque Belém, para que isso
pudesse começar a funcionar. Mas isso está caindo de maduro, eu acredito que é
uma região que há muito tempo necessita desse tipo de atendimento, e,
infelizmente, para todos nós, não há, até agora, nenhuma providência nesse
sentido.
Eu
estou vendo aqui a Bancada do PTB na minha frente, e já estive dentro dessa
Bancada durante 12 anos, gosto muito do PTB, tive uma boa passagem no PTB,
foram 12 anos aqui dentro desta Casa, 10 anos como Líder da Bancada, dois anos
presidindo esta Casa; então, realmente, eu tenho um carinho muito especial pela
Bancada do PTB. Eu acredito que os senhores e a senhora, Verª Maria Luiza, que
fazem parte do mesmo Partido do Secretário da Saúde, poderiam ajudar a fazer
essa pressão. É uma pressão muito saudável para que possa, realmente, existir o
estabelecimento de um convênio com o Hospital Parque Belém, a fim de que a
nossa Zona Sul da Cidade possa ganhar um pronto-socorro, Ver. Carlos
Todeschini, porque, afinal de contas, é a única região que ainda não está
contemplada. É claro que nós temos grandes regiões sendo atendidas, às vezes,
por um único pronto-socorro como é o caso da Zona Norte da Cidade. Mas é mais
do que evidente que a Zona Sul está precisando dessa providência. Então, eu
pediria que, juntos, pudéssemos fazer essa pressão saudável sobre o nosso
Secretário da Saúde, para que venha a acontecer um convênio com o Hospital
Parque Belém.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregoamos
a Subemenda nº 01, de autoria do Ver. Ervino Besson, à Emenda nº 18 do PLE nº
021/07, que destina recursos ao Programa de Desenvolvimento Municipal, Projeto
de Construção e Pavimentação de Vias Urbanas, no valor de 75 mil reais, para a
pavimentação da Rua da Fraternidade, no bairro Cavalhada.
Apregoamos
a Subemenda nº 01, de autoria do Ver. Ervino Besson, à Emenda nº 17 do PLE nº
021/07, que destina recursos ao Programa de Desenvolvimento Municipal, Projeto
de Construção e Pavimentação de Vias Urbanas, no valor de 75 mil reais, para a
pavimentação da Rua da Bondade, no bairro Cavalhada.
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Exma Srª Presidenta, Mui Digna Verª Maria Celeste; nobres Vereadores
e Vereadoras, quero, Exma Srª Presidenta, em nome do Partido
Democratas, dizer da nossa alegria, da nossa felicidade em vê-la conosco
novamente para, juntos, cumprirmos com a nossa missão.
Eu quero deixar registrada a nossa felicidade por termos a Copa do Mundo novamente no Brasil. Ver. Brasinha, que façamos desse evento um evento de brasileiro, que possamos fazer um resgate ao turismo deste País, com infra-estrutura, com sobriedade, que não seja usado para aumentar as “supercontas” individuais de certas pessoas.
Quero
referir-me hoje à inauguração de mais uma agência do Sicredi - Sistema de
Crédito Cooperativo do nosso País. Esse banco nasceu no Estado do Rio Grande do
Sul e faz, hoje, o contraponto desse sistema selvagem dos banqueiros, da
"banqueragem", basta ver a diferença de como se compõe uma
cooperativa de crédito - um banco cooperativo - e os bancos de que nós temos
conhecimento. Há poucos dias, vimos um acréscimo, em cinco anos, nas tarifas
bancárias: algumas em torno de 954%. O Sicredi inaugurou, na Av. Alberto Bins,
na semana passada, a oitava agência em Porto Alegre. Na inauguração, com a
presença do Presidente do Sicredi, Orlando Muller; do Dr. Perez, da Ocergs, foi discorrido qual a diferença de um
banco cooperativado. Num banco cooperativado, não existe lucro para uma
determinada pessoa, para um grupo de pessoas; existe a formatação de uma
sociedade de cotas, de cooperados, de colaboradores, e o lucro é distribuído
entre seus associados. Aquele associado que pagar taxa estará pagando taxa para
ele mesmo. Mas, mesmo assim, o que interessa hoje ao Sicredi é a diferença das
taxas cobradas pelo sistema cooperativado. Eu tenho aqui, como exemplo, um
cartão de crédito que, no Sicredi, é 5%; o crédito pessoal, 2,69%; o cheque
especial, 5,50%.
Abrindo
os jornais de hoje, nós vemos o presidente do Banco Central dando um conselho
ao povo brasileiro: que não use o cheque especial, porque é muito caro - isso
está nos jornais de hoje. Vejam o conselho maravilhoso do presidente do Banco
Central para não usarmos o cheque especial, porque ele é muito caro! Então, nós
estamos vendo aqui uma guinada do Governo petista, que deixou os empresários,
porque ele navegou, na campanha, com os empresários e embarcou na canoa dos
banqueiros deste País, que nunca tiveram os lucros que estão tendo hoje, isso
dito pelo próprio Presidente da República, com essa política que sufoca as
economias do nosso povo. Aí, o nosso povo tem que economizar. O brasileiro tem
que economizar e ganha 0,6% ou 0,7% na sua conta de poupança. E ainda é
descontada a CPMF de 0,38%. Agora, se esse mesmo cidadão usa o seu cheque
especial, paga 11%, 12%, 13%, 15%; isso é o que lhe é cobrado. Que País é este,
gente? Vamos ser sérios! Agora, para sermos sérios, nós temos que trazer
sistemas como o banco cooperativo, um sistema de crédito em que o associado, o
cotista, é co-participante da
política. Cheque especial: cinco reais para tirar um cheque especial no
Sicredi; nos outros bancos, o valor é de 20, 30, 50 reais. E para a manutenção
da conta no Banco Sicredi? Não se paga nada. Qual é o outro banco deste Brasil
que, para a manutenção da conta, de cadastro, seja no que for, não se paga
nada? Quanto nós não estamos pagando para dar esses bilhões, bilhões e bilhões,
lucros recordes aos banqueiros deste País? Enquanto que o nosso empresariado, o
homem da livre iniciativa, arca com o juro real mais caro do mundo e tem que
desenvolver este País!
Deixo
como reflexão as diferenças entre aquilo que a gente defende e o que os outros
defendem; entre o que uns fazem e o que outros fazem. Agradeço a atenção de
todos, Srª Presidente, e, mais uma vez, parabenizo a sua volta ao nosso
convívio. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregôo a
Emenda de nº 27, de autoria do Ver. Elói Guimarães, ao PLE nº 021/07: Programa
de Trabalho, nome do programa: Cidade Integrada; Conservação de Vias Urbanas,
no valor de 270 mil reais.
(A Verª Maristela Meneghetti reassume a presidência
dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Newton
Braga Rosa está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Cara
Presidenta, Maristela Meneghetti, minha intervenção é rápida. Um levantamento
feito pelo setor de Informática constatou que há um déficit de 1.700
profissionais que deveriam ocupar vagas nesse setor, ou seja, existem 1.700
vagas, em aberto, no Estado do Rio Grande do Sul, à espera de bons candidatos.
Assim, no ano passado, a Associação das Empresas Brasileiras de
Tecnologia da Informação, Software e Internet - Assespro - fez um convênio com o Governo Estadual pelo qual três
escolas de 2º Grau passariam a ministrar cursos de Informática para recém-egressos
do 2º Grau. A procura foi enorme, e as escolas Dom João Becker e Protásio Alves
estão hoje com os cursos em pleno andamento, com o objetivo, mais uma vez, de
formar programadores de computador para inserção rápida no mercado.
A mesma Associação nos procurou para que fizéssemos
algo semelhante nas escolas municipais. Estamos agora estudando a proposta
orçamentária que se encontra nesta Casa para saber como inserir o Governo
Municipal nessa iniciativa de relevante importância. Eu, que conheço bem o
setor de tecnologia e a área de Ensino, tenho um lado da equação bem claro, mas
me faltam elementos - confesso -, para conduzir, aqui, dentro da Casa, uma
negociação que possa ser bem-sucedida, sendo que, no fim dessa negociação,
teríamos os recursos necessários para engajar pelo menos duas escolas
municipais nesse programa de formação de mão-de-obra que está sendo capitaneado
pela Associação
das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet, do
Rio Grande do Sul. Nós
acreditamos que, se Porto Alegre fizer isso, estaremos dando um exemplo
importante para que outros Municípios do Estado do Rio Grande do Sul se engajem
nesse processo; nunca esquecendo de que o Estado, que passa por dificuldades
terríveis, pode encontrar, no desenvolvimento de software de classe
mundial, uma alternativa viável para a criação de renda, empregos e
oportunidades para os nossos jovens. Mais uma vez, não basta haver estudantes
de nível Superior; esses estão bem-encaminhados, porque, com relação a esses, as
universidades, por meio dos bacharelados, que são cursos de quatro anos, e dos
cursos de Tecnólogo, proliferaram-se aqui no Estado, que são cursos rápidos, de
dois anos, muitos realizados em Porto Alegre; faltam, sim, programadores de nível médio, e aí é que se insere
essa oportunidade que acabo de relatar aos senhores.
Por gentileza, eu agradeceria aos colegas
Vereadores que quiserem se engajar nesse processo, porque toda a ajuda será
bem-vinda. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Não há mais
Lideranças inscritas.
Eu
gostaria de registrar que, ontem, tivemos três Vereadores de aniversário:
Aldacir Oliboni, Claudio Sebenelo e Neuza Canabarro. Por gentileza, peço que se
aproximem, para que eu possa passar às mãos de V. Exas um singelo
cartão em nome dos colegas desta Casa.
(Procede-se à entrega dos cartões.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 16h45min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti – às 16h47min): Estão reabertos os trabalhos.
Havendo
quórum, passamos à
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em votação a ordem acordada pelas Lideranças da Casa:
votação em bloco dos Requerimentos nº 136/07 e 137/07; PLL nº 184/07; PLL nº
183/07; PLL nº 237/06; PR nº 073/07; Reunião Conjunta das Comissões para
análise do Parecer ao PLCE nº 007/06; PLL nº 029/07; PLL nº 020/07.
Não há acordo, Vereadores?
O SR. ADELI SELL: A nossa proposta era para que
votássemos todos os Títulos e os Requerimentos; aí, entraríamos no PLL nº
020/07, do Ver. Todeschini. Esta é a nossa proposta.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Vereador, é
que, na última Sessão, nós estávamos justamente na Reunião Conjunta, quando foi
solicitada vista do Projeto sobre o Conselho Municipal da Juventude.
O SR. ADELI SELL: Pode ser feita logo após, sem
nenhum problema.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): A Verª Maria
Luiza também requer que o seu Projeto, o PLL nº 029/07, seja colocado em
votação.
Em votação a ordem acordada pelas Lideranças.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 136/07 – (Proc. Nº 8024/07 – Mesa Diretora) – requer a realização de Sessão Solene, no dia 16 de novembro de 2007, às 15 horas, destinada a assinalar o transcurso do 85º aniversário do Colégio Israelita. (incluído em 31-10-07)
REQ. Nº 137/07 – (Proc.
Nº 8025/07 – Mesa Diretora)
– requer a realização de Sessão Solene, no dia 09 de novembro de 2007, às 15
horas, destinada a assinalar o transcurso do Dia da Brigada Militar, nos termos
da Resolução nº 1.462, de 15 de maio de 2000. (incluído em 31-10-07)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Votação em Bloco os Requerimentos n°s
136/07 e 137/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que os aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADOS.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 6265/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 184/07, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo,
que concede o título honorífico de Cidadã de Porto Alegre à Dr.ª Themis
Reverbel da Silveira.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver.
Almerindo Filho: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º,
V, da LOM;
- votação
nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 29-10-07;
- adiada a
votação por uma Sessão.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em votação nominal o PLL n° 184/07.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 6203/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 183/07, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que concede o título
honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Cel. Irani Flôres de Siqueira.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º,
V, da LOM;
- votação
nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 31-10-07.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em discussão o PLL nº 183/07. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 183/07. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 5760/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 237/06, de autoria da Verª Clênia Maranhão, que
concede “in memoriam” ao Dr. Lenine Nequete o título honorífico de Cidadão
Emérito de Porto Alegre.
Observações:
- para
aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º,
V, da LOM;
- votação
nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 31-10-07.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em discussão o PLL nº 237/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em
votação nominal o PLL nº 237/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 28
votos SIM. Parabéns, Verª Clênia; está aprovado o seu Projeto.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Só para
registro, eu votaria também favorável, mas, infelizmente, não consegui votar em
tempo hábil, obrigada.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 5839/07 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 073/07,
de autoria do Ver. Ervino Besson, que concede o título honorífico de Líder
Comunitária à Irmã Zoleima Maria Perondi.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Marcelo Danéris: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 31-10-07.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em discussão o
PR nº 073/07. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação nominal, por solicitação desta
Presidência, o PR nº 073/07. (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26
votos SIM.
O SR. NEREU D'AVILA (Requerimento): Srª
Presidenta, me perdoe, pois é tanta coisa, que eu me esqueci de mim mesmo. Eu
queria perguntar a V. Exª, já que os Vereadores colocaram situações de apremio
em relação a prazos, eu também tenho e não me dei conta de que não traria
nenhum prejuízo; se o Projeto de minha autoria, o PLL nº 187/07, fosse votado
neste momento, eu incluo no Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto
Alegre a Romaria da Paróquia N. Sª. Medianeira, a ser realizada, anualmente, no
segundo domingo do mês de novembro. Então, eu tenho pressa também. Se não há
prejuízo, e eu acho que não há - estou olhando para o Ver. Aldacir Oliboni, o
nosso “Jesus”, que nos dá sua anuência -, eu requereria, “pelo amor de Deus”,
que fizesse essa votação.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Está certo,
Vereador.
Em discussão o Requerimento de autoria do Ver.
Nereu D’Avila. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 6340/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 187/07, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que
inclui no Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre a Romaria
da Paróquia Nossa Senhora Medianeira, a ser realizada anualmente, no segundo
domingo do mês de novembro.
Parecer:
- da CCJ. Relator:
Ver. Valdir Caetano: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na
Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 31-10-07.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em discussão o
PLL nº 187/07. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir. Em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. ALCEU BRASINHA (Questão de Ordem): Srª
Presidenta, eu queria fazer uma homenagem ao querido amigo, Prefeito João
Antonio Dib, que tem 11.276 dias de Vereador nesta Casa. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Parabéns, Ver.
João Antonio Dib! Suspendo os trabalhos, para que seja feita a Reunião Conjunta
das Comissões, sob a presidência do Ver. Nereu D’Avila, para a análise do
Parecer ao PLCE nº 007/06, que institui o Conselho Municipal da Juventude e dá
outras providências.
Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 17h14min.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti – às
17h48min): Estão reabertos os trabalhos.
Retornamos à Ordem do Dia, conforme acordo
previamente estabelecido.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1251/07 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 029/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que acrescenta inc.
III ao art. 2º-A da Lei nº 8.880, de 16 de janeiro de 2002, e alterações
posteriores, que disciplina, no Município de Porto Alegre, a venda domiciliar
de gás engarrafado, exigindo da empresa requerente, para a emissão do Alvará de
Autorização, comprovação de inscrição e recolhimento de contribuição
previdenciária junto ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR.
Relatora Verª Maristela Meneghetti: pela rejeição do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. José Ismael Heinen: pela rejeição do Projeto.
Observação:
- adiada a
discussão por uma Sessão;
- incluído na
Ordem do Dia em 17-10-07.
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em discussão o
PLL nº 029/07. (Pausa.) A Verª Maria Luiza está com a palavra para discutir o
PLL nº 029/07.
A SRA. MARIA LUIZA: Boa-tarde a
todos. Ao cumprimentar nossa Presidenta, Verª Maristela Meneghetti, cumprimento
todos os Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público aqui presente,
nossos telespectadores.
Eu gostaria, neste momento, de pedir a atenção de
todos os Vereadores e Vereadoras para as considerações que trago acerca desta
proposta, deste Projeto de minha autoria. Inicialmente, quero trazer que a
minha formação de Assistente Social e a minha atuação profissional junto à
Previdência Social, nos últimos anos, suscitaram e reforçaram a intenção de
trazer esta proposta para discussão aqui nesta Casa.
Este Projeto foi aprovado, com inexistência de óbice, pela
Procuradoria da Casa e pela Comissão de Justiça. E eu gostaria de esclarecer...
E
peço, mais uma vez, a atenção de todos os Vereadores presentes. Eu gostaria de
solicitar a atenção de todos, por favor.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Por favor, há uma oradora na tribuna, e ela gostaria de se
fazer ouvida. Muito obrigada.
A
SRA. MARIA LUIZA: Obrigada,
Presidenta. O objetivo deste Projeto tem, sim, acima de tudo, a
responsabilidade compartilhada nas três esferas de Governo com a Previdência
Social. Eu gostaria de acrescentar, também, que, na tarde de hoje, temos a
visita do nosso Secretário da Indústria e Comércio, Secretário Cecchim, e ele
se mostrou totalmente favorável ao critério de que a SMIC contribua,
acrescentando, nos requisitos exigidos, a inscrição e contribuição junto à
Previdência Social. Gostaria de lembrar a todos que este Projeto traz, sim,
mudanças de paradigmas e, logo, mudanças de atitude. O Brasil teve, com a
Constituição Federal de 1988, um grande ganho, e nós, como Parlamentares,
precisamos interpretá-la e colocar em prática a valorização da Previdência
Social.
Eu
gostaria de dizer, também, que percebo a Previdência Pública, no Brasil,
totalmente desvalorizada, e ela acaba, com isso, não atingindo a sua real
dimensão no que diz respeito às orientações relativas à sua importância na vida
do trabalhador. Talvez, este, na minha opinião, seja o agravante número um, eu
diria, que fez com que, nos últimos anos, a cada década, fosse maior o
percentual de trabalhadores informais, sem vínculo previdenciário, deixando,
infelizmente, se propagar o velho chavão: para que você vai contribuir com o
INSS, se isso é colocar dinheiro fora?
Quero
registrar que, atuando como Assistente Social na área da Previdência,
deparei-me com inúmeras histórias, inclusive de trabalhadores informais que,
após anos de contribuição, haviam perdido o vínculo previdenciário. E, quando
precisaram, não puderam acionar os seus benefícios por ausência de qualidade de
segurado. A falta de comprometimento e a vontade política acabam, com isso,
transferindo responsabilidades para uma única esfera de Governo, quando a
própria Constituição Federal aponta a importância da centralização, trazendo,
na própria Lei Orgânica da Assistência Social, a participação como prioridade,
apontando ainda a composição paritária dos conselhos, quer seja na área da
Educação, na área da Assistência Social, Saúde, Segurança, na área da Criança e
do Adolescente. Esse é o maior avanço de participação, no meu entendimento, da
sociedade civil no controle público. Não podemos deixar de citar ainda o art.
30 da Constituição Federal, no seu inciso I, que permite aos Municípios
complementar a legislação. Quando se busca a descentralização de forma
compartilhada, devemos ter clareza do que realmente é atribuição da União, e
onde o Estado e Município podem legalmente contribuir, não esquecendo jamais
que o Município é o que está mais próximo do nosso cidadão.
Considero
importante registrar ainda que faço parte de uma geração que cresceu ouvindo
dizer que o Brasil era o País do futuro. É importante saber que somos o País do
presente, pois os que acompanham as dificuldades da Previdência Social sabem
que, caso não sejam adotadas as medidas de prevenção para a retomada do
sistema previdenciário, com seus devidos recolhimentos, bem como buscar o
percentual de trabalhadores informais para o vínculo previdenciário, estaremos
incorrendo em vários prejuízos aos cidadãos que necessitam do regime público.
Não
podemos ocultar também que o Brasil passa por um processo de desaquecimento na
indústria e que, nos últimos 25 anos, houve ausência de investimentos em cursos
técnicos profissionalizantes. Esses fatores acabaram contribuindo para elevar o
percentual de trabalhadores informais, que tiveram que optar por alternativa de
inserção no mundo do trabalho. Em Porto Alegre, temos em torno de 170 mil
desempregados que são obrigados a migrar para o mercado informal. Outra
variante que devemos levar em conta é o fato de que, nos últimos anos, tem
crescido o número de idosos em nosso País, tanto que, recentemente, em encontro
realizado no Austrália, o Brasil esteve representado entre 18 nações que
estudam e discutem a longevidade. É muito positiva essa estatística de que a
nossa Nação aponta ter crescido em expectativa de viver mais. Entendo que esse
índice de longevidade nos obriga a refletir e a encaminhar propostas efetivas
que realmente possam contribuir para a valorização e manutenção da Previdência
Social pública no Brasil.
Logo,
nós, Parlamentares, em todas as instâncias de Governo, devemos, sim, estar
atentos e, de forma séria, contribuir para que, ali adiante, se possa prevenir
o sucateamento de uma instituição estatal.
É
importante e necessário afirmar que a Consolidação das Leis Trabalhistas surge
no Brasil como forma de respaldar a segurança dos trabalhadores brasileiros. No
entanto, não podemos deixar de perceber que a evolução dos tempos nos conduz
para um novo modelo econômico, que é a globalização. Logo, é necessário que se
realize um estudo aprofundado do que deve melhorar, para maior inclusão dos
trabalhadores informais e, ao mesmo tempo, propor um novo modelo, com o
objetivo de dar garantia aos trabalhadores informais.
O
que não podemos é verificar, nas estatísticas, que, a cada ano, cresce o número
de trabalhadores informais. E essa migração de trabalhadores acaba contribuindo
também para o déficit previdenciário, ou seja, os contribuintes da Previdência
se aposentam, e não há novos ingressos de contribuintes. E o pior de tudo é que
o aposentado, que deveria utilizar sua renda para si, acaba, diante das
conseqüências do modelo econômico, sendo o responsável pelo sustento da
família. Sem contar que, em muitos Municípios brasileiros, esse benefício da
Previdência é o que acaba movimentando a economia local.
Logo,
chegar à melhor idade no Brasil traz consigo, muitas vezes, responsabilidades
que já não deveriam se ter mais. Não podemos deixar de observar que o
trabalhador informal de baixa renda, por um motivo ou outro, impedido de
laborar, acaba se beneficiando da LOAS - Lei Orgânica da Assistência Social -,
através do BPC - Benefício de Prestação Continuada -, regulamentado e concedido
em 1997. Para vocês terem uma idéia, o investimento com esse benefício, que é
legal, foi de 2,48 milhões em 2006, ou seja, um valor de 760 milhões de reais
por mês. E um novo estudo aponta que, em 2025, teremos 4 milhões e 67 mil
benefícios, aproximadamente 1 bilhão e 520 milhões de reais por mês. Assim,
verificamos que o que deveria ser a concessão de um benefício social acabou se
transformando em uma alternativa para amparar os trabalhadores informais acima
de 65 anos, independente de terem contribuído ou não, desde que se enquadrem
nos critérios exigidos pela Lei.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Seu tempo esgotou, Vereadora. O Ver. Alceu Brasinha se
inscreve e cede seu tempo a Vossa Excelência.
A SRA. MARIA LUIZA: Para
finalizar, considero que a retomada do vínculo previdenciário pelos
trabalhadores informais também é um dos indicativos importantes que vão
contribuir para a sobrevivência da seguridade social no Brasil.
Fico muito feliz em verificar que, após ter
protocolado o Projeto que trata desse tema nesta Casa Legislativa, o nosso
Presidente da República tenha, através de Medida Provisória, liberado a
retomada dos trabalhadores informais com uma alíquota mais acessível,
objetivando, dessa forma, o vínculo desses trabalhadores com uma contribuição
de 50% do valor.
Assim, o Projeto que hoje está na Pauta para
votação busca dividir a responsabilidade do Município com o cidadão,
assegurando a retomada do trabalhador informal junto ao sistema previdenciário,
contribuindo para o seu presente e para o seu futuro, pois, quando não mais
estiver apto para o mundo do trabalho, terá seu direito assegurado para si e
para a sua família, quer seja pela aposentadoria, auxílio-doença ou qualquer
outra garantia assegurada pelo regime previdenciário.
Logo, aprovar este Projeto, traz, aqui, no
Município de Porto Alegre, o cumprimento de dispositivo previsto na
Constituição Federal, art. 30, inciso I, que permite aos Municípios
complementarem a legislação, lembrando sempre a todos que o Município é o que
está mais próximo do cidadão, e a própria Constituição Federal preconiza
descentralização, gerando, dessa forma, um novo paradigma de gestão pouco
operacionalizado na prática.
Sejamos atentos: a nova Constituição nos trouxe
muitos avanços. Saibamos interpretá-la na prática.
Agradeço todos vocês pela atenção e aproveito para
dizer que, sendo aprovado esse Projeto, a SMIC, na liberação do alvará de
autorização, acrescentará, nos critérios exigidos, a comprovação de inscrição e
recolhimento da contribuição previdenciária.
Agradeço a atenção de todos os Srs. Vereadores e
Sras. Vereadoras e, concluindo, gostaria de deixar um questionamento a todos:
será burocracia valorizar a Previdência Social e garantir a Previdência pública
para as futuras gerações? Obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Verª
Maria Luiza.
O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para
discutir o PLL nº 029/07.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta
Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, muito
especialmente a autora do Projeto, Verª Maria Luiza; Verª Maria Luiza, V. Exª,
que tem sido diligente, competente, fiscalizadora, poderia nos dar a
oportunidade de pedir o adiamento de votação, porque eu tenho uma série de
dúvidas e quero esclarecimentos.
Existe um regramento municipal que estabelece, Srª
Presidenta, quais os requisitos para uma empresa buscar o alvará. Dentre esses
requisitos, não tem esse requisito. Então, como é que eu vou votar uma
legislação apenas para um setor, Ver. Todeschini, neste caso pontual? Além de
todos os requisitos que há para os outros, tem mais esse.
Segundo: e o cidadão que é autônomo, que faz o seu
próprio recolhimento, como é que fica?
A informalidade é uma triste e dura realidade deste
País. O Brasil, que tinha uma carga tributária que não chegava a 30%, chega
hoje a 40%, e essa é uma das razões pelas quais as pessoas vão para a
informalidade. Dizer o contrário é “tapar o sol com a peneira grossa”.
Aliás, eu diria, já vi petições belíssimas, Ver.
Braz, na legítima sobrevivência da empresa, que dizia: até deixei de pagar;
mas, se eu pagar tudo o que querem, eu vou fechar, eu vou dar mais desemprego
neste País.
Então, essa é a realidade dentro do contexto de uma
máquina pública altamente pesada e altamente ineficiente. É imposto da Bélgica
e serviço da Índia. Essa é a realidade brasileira.
Então, eu queria pedir a V. Exª, pelo carinho e
pelo respeito... Eu confesso a V. Exª que vou analisar o assunto, mas eu estou,
preliminarmente, de forma muito empírica, a perguntar se nós podemos legislar
sobre matéria dessa envergadura, porque o caminho vai ser um se eu caminhar
nessa direção: o Prefeito vai vetar. Então, talvez, nós possamos encontrar uma
solução. Por quê? Porque eu tenho o convencimento de que, entre os itens que
requisita o alvará, não está esse.
A Srª Maria Luiza: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Muito obrigada pelo aparte, Ver. Sebastião
Melo. Eu gostaria de dizer que essa proposta do Projeto é, realmente, a
inclusão desses dois novos critérios. E, para contribuir com a discussão, eu
gostaria de esclarecer que, entre os vários segmentos de trabalhadores
informais no Município, cada um apresenta uma legislação específica no
Município. Logo, eu apresento, hoje, aqui, para a discussão e votação esse
Projeto, mas tramitam na Casa, já protocolados, outros projetos relacionado ao
segmento dos trabalhadores informais. Obrigada.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Muito
obrigado. Verª Maria Luiza. Quero continuar dialogando com Vossa Excelência. O
que diz Vossa Excelência? O Projeto de Lei faz a Ementa, fica acrescentado o
inciso III do art. 2º da Lei nº 8.880, de 16 de janeiro de 2002, as alterações
posteriores como seguem. E aí diz, no inciso III (Lê.): “A empresa requerente
deverá comprovar a inscrição e recolhimento de contribuição previdenciária
junto ao Instituto Nacional de Seguro Social”. O que é que V. Exª está dizendo?
Que, quando ela for tirar o alvará, ela só poderá receber o alvará de
funcionamento se ela apresentar essa documentação. Porém, para qualquer outra
empresa, não tem esse requisito. Então, a minha pergunta é a seguinte: eu posso
legislar - legislador municipal - sobre questão previdenciária? Não posso, Ver.
Guilherme Barbosa! Não posso legislar sobre questão trabalhista! Não posso, e
V. Exª sabe! Então, eu, em nome da dúvida, do benefício da dúvida, sugeriria a
V. Exª que pedisse o adiamento por uma Sessão. Eu até quero consultar a
Procuradora, quero ver, quero examinar, quero fazer uma prospecção maior. Mas,
hoje, neste momento, fazendo uma leitura empírica, estou convencido de que, se
caminharmos nessa direção, estamos equivocados.
A Srª Maria Luiza: Vossa Excelência permite um aparte. (Assentimento do orador.) Eu só gostaria
de acrescentar, Ver. Sebastião Melo, que, se for para amadurecer a discussão,
da minha parte, não há empecilho algum. Eu só vejo que nós estamos diante dessa
discussão, que é um novo paradigma, é uma nova forma de pensar e que o
Município tem, sim, a responsabilidade com a previdência social pública no
Brasil, sob pena de as futuras gerações ficarem prejudicadas. Muito obrigada.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Eu quero dizer que, se V. Exª pudesse fazer isso, contribuiria muito com o
debate. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver.
Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir o PLL nº 029/07.
O SR. GUILHERME BARBOSA: Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; colegas
Vereadores e Vereadoras; num primeiro momento desse processo em início de
votação, havia uma tendência geral da nossa Bancada de votar contra o Projeto.
Em seguida, nós começamos a conversar um pouco e verificamos que, apesar de
algumas dificuldades na sua implementação, é importante a preocupação da Verª
Maria Luiza. Eu discordo da opinião de que esse Projeto estaria legislando
sobre assunto previdenciário. Nada disso! Não está estabelecendo nenhuma regra
para a Previdência. O Projeto estaria exigindo que um setor do comércio da
nossa Cidade comprovasse que os seus funcionários já estão devidamente
registrados no INSS e que a empresa está fazendo o recolhimento. Portanto, é
importante essa preocupação.
Agora,
Verª Maria Luiza, e é isso que eu quero discutir com V. Exª; quem sabe, pedir o
adiamento por duas Sessões fosse interessante? Porque, em primeiro lugar, se a
pessoa vai começar o negócio, institui a sua empresa, depois vai à SMIC pedir o
alvará. Então, pode ser que esse futuro empresário, que ainda não começou a
atuar, ainda não tenha funcionários; e, portanto, por não ter funcionários, não
fez o recolhimento ainda, não começou a sua atividade. Então, tem uma
contradição nesse aspecto.
O
que nós estávamos pensando, numa discussão preliminar, é que o Projeto se
dirigisse à renovação do alvará. Claro que é um tempo longo, é depois de três
anos que precisa ser renovado; mas que, ao pedir a renovação do alvará, a
empresa comprovasse que tem funcionários registrados em carteira, e já com a
recolhimento ao INSS desde o início do seu funcionamento - nos três anos. Eu
acho que aí a gente supera aquele empecilho inicial, e o mérito da sua
preocupação permanece; não cairiam na contradição de pedir documento para quem
não poderia ter esse documento.
Esse
é um início de discussão que nos faria votar a favor; e, quem sabe, com uma
modificação no Projeto, em vez de ser apenas num setor comercial, poderia ser
para todas as empresas - não há por que ser só para essa.
A
Srª Maria Luiza: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigada, Ver. Guilherme Barbosa,
pelo aparte. Recebo suas colocações de forma muito positiva e acho que podemos
discutir, ampliar e emendar, inclusive, se for o caso, para que todos os
segmentos da comunidade de Porto Alegre fiquem contemplados.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Há
uma tendência de alguns colegas acharem que mais esse documento a mais
burocratiza o processo. Não gosto dessa argumentação, porque, inclusive, é a
mesma argumentação usada quando se votou aqui a retirada da negativa de
trabalho infantil. É muito parecido, e alguns acham isso, para qualquer coisa
que exija o funcionamento correto das empresas, alguns já dizem: “Ah! Vai
burocratizar”. O Ver. Sebastião falou aqui que é imposto; não há nada de
imposto! Isso é um direito do trabalhador, a sua previdência.
Então,
gosto do mérito, mas é uma discussão da Bancada. Portanto, eu pediria que V.
Exª adiasse a discussão por duas Sessões, para a gente amadurecer a discussão.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir o
PLL nº 029/07.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; colegas Vereadoras e Vereadores; prezada
Verª Maria Luiza, analisando o seu Projeto que está na Ordem do Dia para
votarmos, identifiquei, como o colega Guilherme, algumas dúvidas, as quais
quero, desta tribuna, pedir informações a Vossa Excelência. Parece-me que ele
traz alguns entraves. V. Exª propõe que as empresas que trabalham com o gás
liquefeito, acrescentando-o a todos os itens já existentes para o
credenciamento e a retirada do alvará do Município. Portanto, o alvará do
Município significa o documento que dá autorização para abertura e
funcionamento do negócio. Como V. Exª propõe que a empresa requerente comprove
a inscrição e o recolhimento da contribuição previdenciária junto ao Instituto
Nacional de Seguro Social - INSS -, isso pressupõe que essa empresa já tenha
seus funcionários e a GIT, que é a guia de recolhimento, para poder adquirir o
alvará. Mas, se a empresa ainda não tem o alvará, como poderá já ter contratado
os funcionários? E todos nós sabemos que o alvará, mesmo com toda a
reorganização que houve, não sai de um dia para o outro e, conforme o caso,
pode demorar, Ver. Brasinha. Até pode sair na hora, mas, se houver um problema
de Habite-se, pode demorar. Esse é o primeiro questionamento que eu faço.
O
Sr. Alceu Brasinha: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Carlos Comassetto, eu
quero-lhe dizer que, se está tudo completamente em dia, o alvará sai na hora.
Eu já consegui tirar na hora.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Se
estiver tudo em dia, como V. Exª está dizendo. Estar tudo em dia é já ter
funcionários contratados previamente, antes do alvará? Essa é a pergunta que eu
faço.
O
Sr. Alceu Brasinha: Aí,
eu concordo com Vossa Excelência.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: O
que a nobre colega Verª Maria Luiza está propondo? Que as empresas encaminhem,
junto ao pedido de alvará, a guia da empresa, a GIT. Se a empresa não tem o
alvará, não terá, ainda, a guia de recolhimento do INSS para levar à SMIC para
adquirir o alvará de abertura, de início de funcionamento. Portanto, eu
identifico aqui uma contradição, e queria dialogar com a Verª Maria Luiza sobre
esse ponto de vista. Tenha a bondade, Vereadora.
A
Srª Maria Luiza: Eu
agradeço o aparte e acolho o adiamento de discussão do Projeto, para que
possamos amadurecer a discussão. E gostaria de dizer que, inclusive, o Secretário
Cecchim, que esteve hoje à tarde aqui, demonstrou-se totalmente favorável. A
Secretaria Municipal de Indústria e Comércio conta com oito fiscais, que
poderão ser gratuitamente capacitados pela Previdência Social. Inclusive eu sou
uma voluntária da Previdência Social, eu participo de todos os cursos de
extensão, sem dificuldade nenhuma. Eu gostaria, Vereador, para concluir, de lhe
dizer que eu acato o adiamento da discussão, para que possamos amadurecer essa
discussão. Obrigada.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Eu
agradeço o aparte, Verª Maria Luiza. Enfatizo que a dúvida central é esta: se
esse instrumento legal poderá não facilitar a vida da Cidade, mas, sim,
dificultar.
O
Sr. Ervino Besson: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Carlos Comassetto, eu
respeito muito o trabalho da nossa querida Verª Maria Luiza, mas eu vejo que,
legalmente, a fiscalização da SMIC não tem competência para fiscalizar o que é
da responsabilidade do INSS. Obrigado, Vereador.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Ver.
Ervino Besson, essa é uma segunda discussão. Depois de ter o alvará da abertura
de funcionamento, poderá o Executivo Municipal pedir que sejam apresentadas as
guias de recolhimento do INSS, e assim por diante. Portanto, Srª Presidenta,
agradeço.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. DR. GOULART (Requerimento): Srª
Presidenta, por entendimento das Lideranças, que querem se aprofundar no
assunto, solicito o adiamento da discussão do PLL nº 029/07, por duas Sessões.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em votação o Requerimento, que solicita o adiamento da
discussão do PLL nº 029/07, por duas Sessões. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1084/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 020/07, de autoria do
Ver. Carlos Todeschini, que cria o Programa Municipal de Prevenção, Redução e
Compensação de Emissões de Dióxido de Carbono (CO2) e Demais Gases
Veiculares de Efeito Estufa, determina a criação de fundo municipal para a
redução de CO2 e demais gases veiculares de efeito estufa e dá
outras providências.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Mario Fraga: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relator Ver.
Aldacir Oliboni: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- incluído na
Ordem do Dia em 22-10-07;
- adiada a
discussão por uma Sessão;
- discutiu a
matéria o Ver. M.Fraga em 29-10-2007.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em discussão o PLL nº 020/07. (Pausa.)
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLL nº 020/07.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
agradeço a atenção de todos. Eu sei das pressões que sofremos pelos horários,
mas esse é um Projeto que trata de um dos assuntos de maior importância do
mundo moderno e do futuro: a questão do aquecimento global do meio ambiente e
todas as conseqüências que há sobre a vida, sobre as pessoas, sobre as
atividades econômicas e sobre a necessidade de atitudes.
Portanto,
estamos propondo, aqui, no Município de Porto Alegre, a criação do Programa
Municipal de Prevenção, Redução e Compensação de Emissão de Dióxido de Carbono
e demais Gases Veiculares de Efeito Estufa e determinando a criação também de
um fundo municipal para redução de CO² demais gases veiculares de efeito estufa
e dá outras providências.
O
Programa objetiva o incentivo da melhor utilização dos combustíveis fósseis e o
aumento do consumo de biocombustíveis, mediante a execução de um conjunto de
ações. Dentre elas, estimular o uso de biocombustíveis por meio da concessão de
incentivos e prêmios; coibir ações danosas ao meio ambiente, multando os
maiores poluidores; promover a melhoria do transporte público e incentivar sua
maior utilização; criar e manter novos sumidouros de dióxido de carbono e
demais gases veiculares de efeito estufa; promover campanhas de divulgação do
Programa e integrar o meio acadêmico aos setores público, privado e o terceiro
setor em debates, estudos, projetos e ações sobre o tema.
Esse
Programa, além disso, prevê uma série de ações e medidas que vão, em conjunto,
promover, estimular, patrocinar ações que visem à promoção do meio ambiente, à
qualificação do meio ambiente e a oferecer possibilidade, a cada cidadão, a
cada atividade econômica, de se integrar num sistema global de prevenção das
emissões de gases que geram o efeito-estufa, que são, principalmente, aquelas
emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis. Todas as revistas,
jornais, noticiários, nos últimos dez meses, ocuparam cerca de 30% do seu
espaço denunciando, alertando e chamando a atenção para a necessidade de
atitude do ser humano para a preservação do meio ambiente.
Há
poucos dias, recebi a visita de um funcionário da Prefeitura que esteve na
Alemanha. Lá, a principal preocupação é o derretimento do gelo dos Alpes. Mas
não é só isso; nós vimos as imagens do urso polar afundando e morrendo de fome
no Pólo Norte, porque ele não tem mais a base de sustentação nem os meios de
caçar o alimento. Nós estamos vendo secas, estiagens, de um lado, e grandes
tempestades, de outro, que são frutos do desequilíbrio, da alteração do clima.
As últimas revistas e jornais que pesquisaram a matéria fazem projeções
catastróficas. O Brasil, nesse particular, é um país que tem um papel
importantíssimo, fundamental a desempenhar, pois é produtor de energias limpas,
renováveis como o biodiesel, o álcool e como a biomassa como um todo, que
lidera o ranking mundial em tecnologia, em produção das alternativas que
podem atenuar os efeitos dos gases produtores do efeito estufa e, sobretudo, a
alternativa de substituir os combustíveis fósseis por combustíveis limpos e
renováveis. Por isso, peço a atenção de todas as Bancadas, para que aprovemos
esse Projeto.
Possivelmente,
o Presidente da maior nação do mundo, os Estados Unidos, a ser eleito no
próximo período, esteja também focando esse tema como o tema principal das
eleições daquele País, que é o que decide, que dá os rumos para praticamente
toda a Economia e para todos os rumos da humanidade. Esse não é um tema
qualquer, não é um tema menor; é um tema da mais alta relevância e importância,
e quem vai ganhar com isso, e muito, é a cidade de Porto Alegre, o povo de
Porto Alegre, que vai poder estar, de forma pioneira, contribuindo para a
preservação do planeta, do meio ambiente e do nosso futuro. Muito obrigado pela
atenção de todos.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Todeschini.
Está
encerrada a discussão.
Em
votação nominal, por solicitação desta Presidência, o PLL n° 020/07. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por 18 votos SIM; 01 voto NÃO.
Em votação
nominal, por solicitação desta Presidência, a Emenda nº 01 ao PLL nº 020/07.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) De um total de 16 votos, temos 16 votos
favoráveis; portanto, não há quórum para prosseguirmos a votação, pois são
necessários 19 votos.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 18h33min.)
* * * * *